05 de dezembro de 2025
OPINIÃO

Uma diversão chamada cinema

Por Roberto “general” Macedo |
| Tempo de leitura: 2 min

Em 28 de dezembro de 1895 tivemos a primeira sessão de cinema do Mundo, aconteceu em Paris e foi organizada pelos irmãos Auguste e Louis Lumière, no Salão Indiano do Grand Café, marcando a início do cinema comercial pago.

Posteriormente, tivemos a transição do cinema sem som, conhecido como "talkies", para os filmes falados, o primeiro filme com som totalmente sincronizado foi "The Lights of New York", de Bryan Foy, em 1928.

De lá para cá, a indústria cinematográfica se desenvolveu assustadoramente e os cinemas viraram um atrativo nas cidades, viviam lotados e os ingressos eram vendidos antecipadamente; principalmente nos lançamentos com nossos atores e atrizes favoritos. O número de salas de cinema, excetuando o período da pandemia, não parou de crescer.

Para termos uma ideia, segundo dados oficiais, no País existem atualmente 3.518 salas em funcionamento, em sua maioria dentro de shoppings, ainda pouco se compararmos a mais de 40.000 nos EUA.

Mas nem tudo são flores nessa diversão. Com a crise econômica "derrubando" o poder aquisitivo da maioria dos brasileiros, uma ida ao cinema começou a ficar inviável para muitas famílias. Fazendo uma conta rápida, se uma família de 4 pessoas resolver assistir a um filme no cinema gastará no mínimo R$ 200,00.

Serão 2 ingressos adultos e 2 crianças pagando 1/2 entrada e como cinema sem pipoca e refrigerante é igual domingo sem sol e futebol, os pais vão arcar com o custo de mais 4 pipocas e 4 refrigerantes, além do valor estacionamento, pois a maioria das salas está dentro de shoppings.

Como ir semanalmente com esses valores absurdos? Alternativas foram surgindo para não ficarmos sem ver nossos "filminhos": o surgimento da TV por assinatura - Netflix, Prime Vídeo e outros streamings ajudou muito, só que não são gratuitos, além disso, ainda cobram um valor extra se quisermos assistir a algum lançamento.

Não sei até onde vai a euforia, essa "fábrica" de diversão chamada cinema, que embalou muitos inícios de namoro, "pegadinhas" de mão, beijinhos "roubados", tapinhas, choros de emoção e gritinhos estridentes.

Na minha opinião, tem vida longa.

Agora, que podia ser bem mais barato não duvido. Será que uma sessão de cinema que normalmente opera com 30% de ocupação não estaria sempre lotada com um preço mais acessível?

Seria bom, né?

Ainda sobraria dinheiro para uma pizza ou lanchinho "esperto" com a família. Torcemos e esperamos por isso.

Ótima sessão de cinema a todos.