05 de dezembro de 2025
SAÚDE E BELEZA

O que você deve saber sobre ácidos mais comuns para tratar a pele


| Tempo de leitura: 3 min

Você já parou para ler a composição de algum de seus produtos de skincare? Se tem a pele oleosa, boas chances de seu sabonete conter ácido salicílico. Agora, se usa cremes anti-rugas, é provável que ele tenha ácido retinoico na composição. Os tratamentos de pele envolvem diversos tipos de ácido - e nem todos são indicados para qualquer tipo de pele. Inclusive, nem é indicado usar muitos tipos de uma vez.

Para que servem os ácidos no tratamento da pele?

Cada ácido tem uma função específica. Enquanto o ácido hialurônico é importante para regular a hidratação da pele, o kójico pode ajudar no tratamento de diversos tipos de mancha.

Seu dermatologista ainda pode indicar pra você peelings com combinações de ácido, dependendo do que sua pele precisa. O fato é: independentemente de qual ácido estamos falando, não é recomendado que você, por conta própria, saia comprando e usando - apenas com recomendação médica, ok? Na sequência, eu explico melhor para o que cada ácido é indicado!

Ácido salicílico

É um beta-hidroxiácido (BHA) com propriedades esfoliantes e anti-inflamatórias. Penetra nos poros, dissolve o sebo e combate a acne, sendo ideal para peles oleosas, acneicas ou com poros dilatados. Também ajuda no controle da oleosidade e no tratamento de cravos e espinhas. Em geral, faz parte da composição de sabonetes, esfoliantes e gel antiacne.

Ácido lático

Um alfa-hidroxiácido (AHA) derivado do leite, atua na renovação celular e hidratação da pele. É mais suave que outros AHAs, o que o torna indicado para peles sensíveis ou secas. Melhora a textura, a luminosidade e pode auxiliar no clareamento de manchas leves.

Ácido retinoico

Derivado da vitamina A, é potente na renovação celular e no estímulo de colágeno. Indicado para tratar acne, linhas finas, rugas e hiperpigmentação. Pode causar irritação no início do uso, por isso exige prescrição médica e adaptação gradual. Muitas vezes, começa-se usando uma concentração mais baixa até aumentar. Costuma ser usado à noite, antes de dormir. Durante o dia, mais do que nunca, exige o uso de filtro solar.

Ácido glicólico

Um dos AHAs mais usados, com alto poder de penetração. Promove esfoliação química, clareia manchas, suaviza rugas finas e melhora a textura da pele. Ideal para peles com sinais de envelhecimento, melasma ou aspereza. Pode causar sensibilidade em peles mais reativas e também exige cuidados redobrados, sobretudo com o sol.

Ácido mandélico

Também um AHA, mas com ação mais suave devido à sua molécula maior. Tem propriedades antibacterianas e despigmentantes. Indicado para peles sensíveis, acneicas ou com melasma. É uma boa opção para quem quer benefícios do ácido sem agressividade.

Ácido ascórbico (vitamina C)

Antioxidante potente que combate os radicais livres, uniformiza o tom da pele, clareia manchas e estimula o colágeno. É indicado para todos os tipos de pele, principalmente em rotinas de prevenção e tratamento de sinais de envelhecimento e fotoenvelhecimento. Quase sempre, indicado para usar antes do filtro solar.

Ácido hialurônico

Apesar do nome, não é um esfoliante. Atua como um umectante, atraindo e retendo água na pele. Indicado para hidratação intensa e para melhorar a elasticidade e firmeza da pele. Pode ser usado em qualquer tipo de pele, inclusive as oleosas. Lembrando que o ácido hialurônico é uma substância natural da pele - com o passar do tempo, a gente perde parte da capacidade de fabricá-lo.

Ácido kójico

Tem ação despigmentante, inibindo a produção de melanina. É indicado para tratar melasma, manchas solares e hiperpigmentações pós-inflamatórias. Pode ser usado sozinho ou combinado com outros ativos clareadores, mas pode causar irritação em peles sensíveis.

É arriscado usar muitos ácidos de uma vez?

Sim, usar vários ácidos ao mesmo tempo, ainda mais sem orientação profissional, tende a comprometer a barreira cutânea, causando vermelhidão e irritação. Fora que ainda pode aumentar a sensibilidade ao sol, elevando o risco de manchas, e causar reações adversas como dermatites, descamação excessiva ou até queimaduras químicas.

Por isso, qualquer tratamento a base de ácido deve ser prescrito por um médico dermatologista. Também é importante seguir o passo a passo de cuidados indicado pelo profissional.