Jaú - Um homem que se passava ilegalmente por médico ortopedista foi detido pela Polícia Militar (PM), na noite desta sexta-feira (15), em Jaú (47 quilômetros de Bauru), com carimbo com nome e CRM falsificados, além de diversos receituários em branco de um serviço de saúde municipal. Ele foi encaminhado ao plantão policial, ouvido e liberado, mas irá responder por exercício ilegal da medicina.
A PM chegou até o falso médico após denúncia informando que ele teria vindo do Estado do Mato Grosso do Sul e estaria hospedado na residência de uma pessoa que conheceu pelas redes sociais, no Jardim Cila de Lúcio Bauab. Essa pessoa teria consultado o número do CRM apresentado pelo homem e constatado que o registro pertencia a profissional já falecido.
Os policiais militares foram até o endereço informado pelo denunciante, por volta das 22h30, e abordaram o suspeito. De acordo com a polícia, questionado sobre a sua ocupação, ele afirmou ser médico ortopedista, mas não apresentou à equipe policial nenhuma documentação válida que comprovasse a sua formação ou qualquer autorização para atuação na área.
Durante vistoria nos pertences dele, as equipes localizaram diversos receituários em branco de um serviço de pronto atendimento municipal, carimbo com nome e CRM falsificados, cópia de diploma de medicina e contrato de prestação de serviços médicos firmado com funerária local o que, de acordo com a PM, reforçou a suspeita do exercício ilegal da medicina.
"A ação contou com o empenho coordenado de diversas equipes da Polícia Militar. A rápida resposta e a diligência dos policiais foram fundamentais para a identificação do crime e coleta de provas. O suspeito foi conduzido à Central de Polícia Judiciária de Jaú, onde a ocorrência foi registrada e o indivíduo liberado para responder ao processo em liberdade", diz em nota.
Durante a apresentação da ocorrência, a PM entrou em contato com a PM do Mato Grosso do Sul, que informou que o suspeito havia deixado o estado em 12 de agosto, violando medida cautelar de prisão monitorada por tornozeleira eletrônica relacionada a um caso de violência doméstica, mas que não havia mandado de prisão em aberto contra ele.
Em nota, a Prefeitura de Jaú, através da Secretaria de Saúde, declarou que o falso médico "em nenhum momento realizou atendimentos na rede básica de saúde da cidade e não possui, nem nunca teve, vínculo com a Secretaria de Saúde". "Reforçamos que todas as informações estão sendo devidamente apuradas e as medidas necessárias serão adotadas para garantir a segurança da população e a integridade dos serviços prestados", afirmou.