17 de dezembro de 2025
OPERAÇÃO ESTIAGEM

Queimadas passam de 100 e julho dispara alertas em Campinas

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMC
Defesa Civil de Campinas acende alerta com avanço das queimadas em julho; agosto é o mês mais crítico do ano.

Campinas já registrou 101 focos de incêndio entre 1º de maio e 22 de julho, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Embora o número seja menor do que o registrado no mesmo período de 2024, que teve 276 ocorrências, o salto em julho acendeu o sinal de alerta: foram 88 incêndios atendidos somente neste mês, segundo o Corpo de Bombeiros.

O avanço das ocorrências nas últimas semanas mobilizou a terceira reunião da Operação Estiagem 2025, promovida pela Defesa Civil, que reuniu o comitê gestor no Observatório Jean Nicolini, na Serra das Cabras. O local foi um dos mais afetados por queimadas no ano passado, com mais de 120 hectares destruídos pelo fogo.

Agosto é historicamente o mês mais seco na região, o que amplia a preocupação com novos focos e a necessidade de reforçar a prevenção. Até agora, a Defesa Civil já realizou 133 vistorias preventivas em áreas de mata e vegetação, além de 168 inspeções no entorno do Aeroporto de Viracopos.

Outro dado que chama a atenção é o número de alertas climáticos: 52 boletins de baixa temperatura e 31 sobre ondas de frio foram emitidos entre maio e julho. A menor temperatura do ano foi de 4,1°C, em 25 de junho, e julho teve mínimas de 9,9°C nos dias 5 e 6. Também foram expedidos sete avisos por baixa umidade relativa do ar (URA).

Na comparação com 2024, a situação climática mudou. Apesar de menos queimadas no total, os boletins de frio triplicaram, e o clima seco segue como fator de risco para incêndios. Para o coordenador regional da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, o cenário exige vigilância. “Ano passado foi atípico, com calor extremo e incêndios de grandes proporções. Precisamos manter a atenção total”, alertou.