16 de dezembro de 2025
BAURU

Contra aperto nas contas, prefeita discute vender áreas ociosas

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Reprodução Café com Política
A prefeita de Bauru Suéllen Rosim

Ainda na entrevista ao Café com Política, Suéllen Rosim (PSD) admitiu o aperto orçamentário que a administração enfrenta, disse que "o cobertor está mais curto do que já foi" e afirmou que o governo avalia ações sobre o problema.

Ela disse ter encomendado levantamento sobre áreas ociosas do município já pensando na possibilidade de vendê-las - medida que depende de autorização legislativa, projeto em cuja elaboração o governo já trabalha.

A falta de recursos, causada em grande parte pelo aumento elevado das despesas em 2024, ano eleitoral, preocupa a administração. O governo chegou a revogar licitação para contratar sistema de vigilância em prédios públicos num ano em que escolas municipais já foram alvo de 76 ocorrências de furto ou vandalismo, segundo a Secretaria de Educação.

Outra iniciativa para dar fôlego ao caixa envolve o Refis, medida que prevê desconto sobre juros da dívida ativa e com a qual a administração prevê arrecadar R$ 20 milhões à vista e renegociar outros R$ 40 milhões a prazo.

Suéllen disse que deve "lançar nesse segundo semestre um pacote voltado para arrecadação" e ressaltou que a alienação de áreas ociosas é uma das frentes do projeto. Disse também que o governo pretende economizar com um projeto de digitalização de documentos da prefeitura "para deixar [para trás] aquele monte de papel".

A prefeita afirmou que o pacote não inclui "necessariamente" aumento de impostos e que este seria o último recurso da administração. "O que a gente vem discutindo é a taxa do lixo, que é uma obrigação legal do Marco do Saneamento, e não determinação do governo", disse.