21 de dezembro de 2025
DECISÃO

Câmara decide nesta terça o futuro político de Vini Oliveira

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/CMC
Câmara de Campinas realiza sessão extraordinária nesta terça (1º) para votar se mantém ou rejeita parecer da CP que recomendou arquivamento da denúncia.

Câmara Municipal de Campinas realiza nesta terça-feira (1º) uma sessão extraordinária decisiva para o futuro do vereador Vini Oliveira (Cidadania). Os parlamentares vão votar se acompanham o parecer da Comissão Processante (CP), que recomendou o arquivamento da denúncia por quebra de decoro, ou se optam por cassá-lo. Apesar do relatório indicar o encerramento do caso, a palavra final é do plenário, que é soberano.

O processo foi motivado por uma denúncia apresentada pela médica Daiane Copercini, que acusou o vereador de invadir o Hospital Mário Gatti no dia 1º de janeiro, durante o plantão, e de filmar profissionais de saúde e pacientes sem consentimento.

A Comissão Processante, formada pelos vereadores Nelson Hossri (PSD), Nick Schneider (PL) e Mariana Conti (PSOL), concluiu os trabalhos com placar de 2 a 1 pelo arquivamento. O relator Nelson Hossri considerou que não houve quebra de decoro, mesmo classificando a ação do parlamentar como “mais agressiva”.

O papel do vereador é exercer o controle social, fiscalizando a qualidade e eficiência dos serviços públicos. Esse exercício, mesmo que por vezes incisivo, é uma atribuição legítima do mandato”, escreveu Hossri em seu voto.

Nick Schneider acompanhou o relator e destacou a legitimidade do mandato. “Não é uma defesa do vereador Vini, é a defesa da instituição e de um mandato popular. Fico feliz com esse relatório, porque sinto que foi feita justiça”, afirmou.

Já a vereadora Mariana Conti divergiu, votando pela cassação. “A conduta do vereador configura inequívoca quebra de decoro. Houve abuso de autoridade, intimidação de funcionários e distorção intencional da verdade ao divulgar os vídeos”, declarou.

Vini Oliveira sustentou que agiu motivado por denúncias da população sobre demora no atendimento e que cumpriu o papel fiscalizador do cargo. O parlamentar foi o segundo mais votado da cidade nas eleições de 2024, com forte atuação nas redes sociais.

A sessão extraordinária acontece na manhã desta terça-feira, com presença obrigatória dos vereadores. Para que a cassação ocorra, será necessário o voto favorável de dois terços dos parlamentares (22 dos 33 vereadores). Caso o parecer da CP seja aprovado, o processo será arquivado definitivamente.