12 de julho de 2025
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MOCHILÃO NA ÁSIA

‘Nunca me senti tão viva’, publicou Juliana dias antes de morrer

Por Da redação | Indonésia
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Capa da Notícia
Juliana em foto postada nas redes no dia 10 de junho

A turista brasileira Juliana Marins teve sua morte confirmada nesta terça-feira (24) após cair na trilha de um vulcão na Indonésia, durante um mochilão pelo mundo. Ela estava há quatro dias desaparecida.

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De acordo com uma publicação, a jovem publicitária de 26 anos saiu do Brasil em 21 de fevereiro e iniciou sua aventura, passando por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.

Durante a viagem, ela compartilhou a experiência de viajar sozinha e a intensidade dos sentimentos vividos, afirmou que “nunca se sentiu tão viva”. Sua morte gerou comoção entre viajantes e amigos.

Nas redes sociais, a publicitária publicava fotografias da viagem. “Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem. Nunca me senti tão viva”, escreveu ela em publicação do dia 29 de maio.

Ela teve a morte confirmada após quatro dias de buscas em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia, onde ela havia caído no último sábado (21).

Juliana era natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e atuava como publicitária. Apaixonada por viagens e esportes ao ar livre, ela havia embarcado para um ‘mochilão’ pela região do sudeste asiático desde fevereiro deste ano.

“Minhas emoções esse mês foram como as curvas de Ha Giang [cidade no nordeste do Vietnã]. A viagem ao Vietnã começou incrível, até que, na próxima curva, tive algumas crises de ansiedade e, logo na virada seguinte, vivi uma das melhores fases dessa aventura”, afirmou ela em postagem.

No dia 27 de maio, ela contou que havia ligado para os pais. “Hoje liguei pra eles chorando de saudade. Terminei a ligação com um sorrisão no rosto, rindo das bobeiras dos meus pais, e com uma paz no coração por ter vindo ao mundo nessa família. Ah, e claro que minha irmã teve que sair no início da conversa porque ela tinha que entrar numa reunião”.

Queda.

Juliana caiu durante uma trilha guiada em um dos trechos mais perigosos da rota que leva ao cume do vulcão no Monte Rinjani, na Indonésia, no último sábado (21).

Desde então, seis equipes de resgate atuavam em condições climáticas complicadas para tentar alcançá-la, com o apoio de dois helicópteros e equipamentos como uma furadeira industrial.

O corpo foi localizado por uma das equipes que desceu pela encosta da região conhecida como Cemara Nunggal, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude.

A operação foi marcada por chuvas, terreno instável e dificuldades de acesso, o que impediu o contato direto com Juliana desde o momento da queda. A causa da morte ainda será determinada pelas autoridades locais.

Juliana, após o acidente, não fez contato com a família diretamente, por falta de sinal. As informações chegaram até o Brasil por meio de um grupo de turistas que também fazia a trilha e conseguiram acionar pessoas próximas à vítima por meio de uma rede social, mandando mensagens para inúmeras pessoas após encontrarem o perfil dela.