Botucatu - Policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu (100 quilômetros de Bauru) prenderam nesta segunda-feira (5) um homem suspeito de integrar quadrilha que desviou recursos de uma entidade assistencial no Mato Grosso do Sul por meio da Internet.
O cumprimento do mandado de prisão temporária ocorreu como parte da operação “Juliano Varela”, que foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Civil de Botucatu, S.A.M. é investigado por associação criminosa destinada à prática de furtos e estelionatos por meios eletrônicos. Nas diligências, também foram cumpridos cinco mandados de busca em residências de suspeitos.
De acordo com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, a ação é resultado de investigação que apura o furto de cerca de R$ 60 mil da Associação Juliano Varela, instituição filantrópica sem fins lucrativos de Campo Grande que presta atendimento especializado a pessoas com Síndrome de Down, Autismo, Microcefalia e outras deficiências.
O valor havia sido destinado à entidade pelo Fundo Municipal de Saúde. Segundo o Garras, os criminosos utilizaram dispositivos eletrônicos e informáticos para acessar a conta bancária da associação e subtrair os recursos.
"As apurações revelaram a existência de uma associação criminosa, composta por pelo menos seis indivíduos, todos residentes no Estado de São Paulo, com histórico de envolvimento em fraudes bancárias há mais de duas décadas. Apenas nos últimos cinco anos, foram detectadas movimentações financeiras suspeitas superiores a R$ 30 milhões ligadas ao grupo", informa a corporação, em nota.
Com base nas provas reunidas, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária. Três dos alvos foram localizados e presos: S.A.M., de 49 anos, em Botucatu; N.R.S., de 33 anos, em São Paulo; e A.D.F., de 45 anos, em Diadema. Os demais investigados não foram localizados, mas continuam sendo monitorados pelo Núcleo de Inteligência do Garras.
Durante as diligências, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks e cartões de memória, equipamentos compatíveis com os utilizados na prática dos crimes investigados.