A notícia de um site especializado de que a Seleção Brasileira pode ter uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026, no lugar da camisa azul, pode aposentar o uniforme inspirado no manto de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, e que deu ao país sua primeira Copa do Mundo, em 1958.
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De acordo com o site Footy Headlines, referência em "vazar" camisas de clubes e seleções antes do lançamento, a camisa vermelha substituiria a azul, tradicional número 2 do time pentacampeão do mundo, e conteria o selo da Jordan, e não da Nike, fornecedora e material esportivo do Brasil desde 1996.
O primeiro uniforme seguiria com a tradicional camisa amarela, mas o número 2 passaria a ser vermelho, e não mais azul.
No entanto, a camisa azul tem uma história para lá de inusitada e que trouxe sorte ao time canarinho. A primeira vez que a seleção jogou com o uniforme azul foi no dia em que conquistou a Copa do Mundo pela primeira vez, em 1958, na Suécia.
A escolha pela cor surgiu após um imprevisto e teve como inspiração o manto de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, cuja capital dessa fé popular fica no Vale do Paraíba.
O adversário do Brasil na final da Copa do Mundo de 1958 foi a Suécia, anfitriã do mundial. Mas o uniforme da seleção sueca também era amarelo. Com isso, a Fifa realizou um sorteio para definir quem jogaria com a camisa principal.
No sorteio, ficou decidido que os donos da casa teriam preferência. A notícia gerou grande preocupação no elenco brasileiro, já que a seleção teria que jogar de branco.
Considerada 'amaldiçoada', a camisa ficou marcada de forma negativa por ter sido usada na dolorosa derrota em casa para o Uruguai, no Maracanã, na final da Copa do Mundo de 1950.
Na véspera da decisão, o então chefe de delegação da seleção, Paulo Machado de Carvalho, encontrou a solução perfeita e que acabou dando origem ao uniforme azul que é usado até hoje.
“Ele estava aflito com a situação e com o elenco abatido, então decidiu rezar. Quando levantou a cabeça do local onde estava, viu a imagem de Nossa Senhora Aparecida na parede e do manto azul dela veio a inspiração para a camisa que o Brasil usaria. Ele sentiu que o manto azul daria o título para a seleção”, disse o historiador de futebol Rodrigo Ojuara, em entrevista ao site GE.
A santa é a padroeira do Brasil desde 16 de julho de 1930.
Então, a delegação saiu às ruas de Estocolmo, onde a seleção estava hospedada, e comprou em uma loja especializada um kit com 22 camisas azuis.
Na noite anterior à final, o massagista Mário Américo e o médico Francisco Alves foram os encarregados a costurar e bordar o escudo da CDB (atual CBF) e os números no novo fardamento.
Logo na estreia da azul, o Brasil brilhou. Com gols de Zagallo, Vavá, duas vezes, e do ainda jovem Pelé, também duas vezes, a seleção venceu a Suécia por 5 a 2 e levantou a primeira das cincos taças de Copa do Mundo.
“Reza a lenda que a origem é exatamente essa. É um termo muito forte no futebol sul-americano. O futebol aqui esteve sempre muito ligado à religião”, afirmou Ojuara.