A bacia do rio Lençóis não atingiu as cotas mínimas de chuvas esperadas para o mês de março, segundo padrão histórico de 1917. A informação foi divulgada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CBH-RL) nesta terça-feira (8), em sua página no Facebook. O órgão alerta que, sem recargas suficientes nos mananciais, poderá ocorrer uma antecipação do período de estiagem na região.
Conforme a publicação, em março, com exceção de Agudos, que fechou positivo para as chuvas mensais, os outros seis municípios da bacia hidrográfica - Borebi, Lençóis Paulista, Macatuba, Areiópolis, São Manuel e Igaraçu do Tietê - contabilizaram déficits nas cotas pluviométricas que, na avaliação do Comitê, contribuíram para que a cota mínima histórica não fosse alcançada.
"As chuvas de janeiro, fevereiro e março não foram suficientes para dar volumes extras aos mananciais e preparar o sistema hidrográfico para os meses de pré-estiagens, contabilizando perdas de recargas em 43% para a bacia do rio Lençóis e 47% para a bacia do rio Batalha, que possui as mesmas características hidrológicas do rio Lençóis", cita o texto postado pelo órgão.
De acordo com o Comitê, as chuvas dos três primeiros meses foram insuficientes para manter os mananciais com reservas aceitáveis. "Caso não haja compensação hidrológica e chuvas permaneçam abaixo das médias históricas, entre abril e a metade de maio, os sistemas hídricos poderão começar a sentir os efeitos dessas perdas de recargas e adiantar os efeitos da estiagem", alerta.