07 de maio de 2025
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SAÚDE E TECNOLOGIA

Hortolândia adota armadilha da Fiocruz no combate à dengue

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 1 min
Divulgação
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Município testa armadilhas da Fiocruz que usam larvicida para que o próprio mosquito leve o produto aos criadouros e interrompa o ciclo da dengue.

Hortolândia iniciou nesta semana a fase experimental de uma nova tecnologia no combate à dengue. O município passou a testar armadilhas desenvolvidas pela Fiocruz, que usam uma estratégia inovadora: fazer com que os próprios mosquitos Aedes aegypti disseminem larvicida nos criadouros ocultos.

A ação está sendo coordenada pelo Ministério da Saúde e envolve também outras cidades da região. Em Hortolândia, 600 estações disseminadoras foram disponibilizadas para o teste inicial, com distribuição em residências do Jardim São Sebastião, bairro que registra alto número de casos da doença.

As armadilhas são baldes com água e feltros que contêm micropartículas de larvicida. Quando a fêmea do mosquito entra para depositar ovos, o produto gruda em seu corpo e, ao visitar outros pontos de reprodução, ela leva o larvicida a criadouros de difícil acesso, eliminando larvas antes que se tornem novos transmissores.

A iniciativa é conduzida pela Unidade de Vigilância e Zoonoses de Hortolândia. Segundo a equipe técnica, nem todas as casas do bairro receberão as armadilhas, pois trata-se de uma etapa piloto para avaliação de impacto e eficácia da tecnologia. O uso do método representa uma nova frente tecnológica no controle vetorial da dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mesmo mosquito.