A cuidadora que agrediu uma criança de 10 anos com transtorno psiquiátrico no Hospital Estadual (HE) de Bauru, na última sexta-feira (13), foi afastada do trabalho pela entidade social para qual presta serviço, até que as autoridades competentes concluam a apuração sobre sua possível culpabilidade. A informação foi divulgada pela própria instituição, nesta quinta-feira (18).
Em nota solicitada pela reportagem, esclareceu que a criança, acolhida em um de seus abrigos, estava internada no HE desde o dia 20 de novembro, aguardando, sob mandado judicial, uma vaga em um equipamento especializado para acompanhamento psiquiátrico.
“Reiteramos que a organização tem como princípio a proteção integral e a garantia dos direitos de todas as crianças e adolescentes acolhidos, e não compactuamos com nenhuma conduta, por parte dos funcionários, que não esteja em conformidade com esses princípios e com o Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso haja descumprimento por parte de qualquer colaborador serão tomadas as devidas providências, incluindo a demissão e penalidades judiciais, conforme estabelece a legislação vigente”, consta do texto.
De acordo com ele, o Conselho Tutelar foi comunicado sobre a agressão. O caso foi enquadrado inicialmente como lesão corporal. A pena é detenção, de três meses a um ano.
O HE também lamentou as agressões e ressaltou que a cuidadora não tem vínculo com a unidade. Acrescentou que prestou toda assistência necessária à criança, notificando o caso às autoridades policiais, conforme protocolo do Plano Regional de Prevenção e Enfrentamento de Violências. O HE, por fim, enfatizou que o caso é acompanhado pelo Departamento Regional de Saúde (DRS) de Bauru, Ministério Público (MP) e prefeitura.