O mês de novembro é sempre muito aguardado pelo comércio e pelos consumidores, um misto entre o aumento nas vendas e a queda nos preços. No entanto, é preciso ter cuidado. Mais uma Black Friday se aproxima e, com ela, o oportunismo de criminosos cibernéticos, que usam técnicas variadas para aplicação de golpes. Estes exploram muitas vulnerabilidades dos consumidores virtuais, que, desatentos, acabam fornecendo dados pessoais ou comprando em páginas falsas, criadas apenas pelo período necessário para tirar o dinheiro do consumidor.
Como os criminosos agem?
Os criminosos digitais têm criado "lojas isca", normalmente hospedadas em servidores no exterior. Do mesmo modo, ocultam os dados do registrante por meio de registros "domain by proxy" - tudo para dificultar a investigação de quem está por trás do e-commerce "simulado".
Rapidamente, investem em anúncios nos buscadores e outros métodos de impulsionamento, incluindo redes sociais, para ficarem bem ranqueados na rede. A vítima, então, depara-se com o anúncio, normalmente com preços fora do comum e bons comentários (que também são falsos). Se não prestar atenção nos elementos visuais da página ou nos dados de contato da loja, acaba acreditando que está fazendo um bom negócio - e nunca mais verá seu dinheiro.
Dicas
1. Cuidado com descontos absurdos. Embora seja Black Friday, 90% de desconto é algo estranho de se ver. Confira sempre a média de preços dos produtos. O criminoso usa esse gatilho para chamar sua atenção.
2. Avalie as formas de pagamento. Desconfie de lojas que só oferecem depósito bancário, boleto ou criptomoedas. Essas modalidades podem dificultar o cancelamento da compra ou a investigação dos destinatários. Opte sempre por meios de pagamento seguros, onde o dinheiro só é liberado quando o consumidor confirma que recebeu a mercadoria.
3. Cuidado com ofertas em comunicadores, e-mails e redes sociais. Jamais clique ou acesse lojas virtuais a partir de links ou ofertas recebidos por comunicadores como WhatsApp e redes sociais.
4. Atente-se aos detalhes. Cuidado com pequenas mudanças no nome do site. Os criminosos digitais podem falsear um link, direcionando a vítima para o site errado. Ataques de phishing são muito comuns, com a falsificação de marcas e identidades visuais de sites. Essas táticas incluem ofertas de descontos ou outras chamadas que pescam consumidores desatentos.
5. Cuidado com códigos enviados para o celular para supostos descontos. Não confie nessa abordagem. Nunca informe a ninguém os códigos recebidos pelo celular.
6. Desconfie de pedidos de dados excessivos. Cheque a política de privacidade do site e jamais forneça mais dados mais do que o necessário para a compra, como a "senha do cartão" ou outros detalhes confidenciais.
7. Guarde provas de tudo. Salve os códigos da compra, registre prints, e-mails recebidos, URLs e, se necessário, faça um vídeo do processo de compra. Todos esses dados podem ser úteis diante de uma fraude ou golpe, ajudando a perícia digital a identificar os criminosos.
Caso tenha sido vítima de um golpe digital, busque um especialista para orientá-lo e tentar reparar o dano sofrido.