29 de novembro de 2024
OPINIÃO

Um Salve aos Radialistas – Os Magos do Ar!

Por José Marta Filho |
| Tempo de leitura: 2 min
O autor é engenheiro e doutor pela Unesp

No Dia do Radialista, celebrado oficialmente em 7 de novembro em homenagem ao músico e radialista Ary Barroso, vamos dar voz a quem passa a vida dando voz aos outros - nossos amados radialistas. Ah, esses magos do microfone! Eles nos fazem rir, chorar, dançar e, de vez em quando, até espantar aquele sono matinal.

Com um jeitinho único, eles são os responsáveis por tornar as ondas sonoras nosso melhor despertador, aquele amigo de bate-papo na estrada ou o terapeuta no trânsito. Para quem não sabia, a profissão de radialista é tão especial que não tem um, mas dois dias no calendário para celebrar! Com uma mudança imposta por uma lei federal em 2006, os radialistas passaram a ter duas datas de comemoração: 21 de setembro virou uma data simbólica, enquanto o dia 7 de novembro se tornou a oficial. O Brasil tem uma galeria de radialistas que marcaram época.

Quem nunca ouviu a voz inconfundível de Chacrinha, o Velho Guerreiro, que dizia que "quem não se comunica, se trumbica"? Ou de Silvio Santos, que começou como locutor de rádio e se tornou um ícone da comunicação no país? Fiori Gigliotti, o "locutor da torcida brasileira," eternizou bordões como "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo" e "O tempo passa...". Blota Júnior e Eli Corrêa também embalaram gerações com suas histórias e bordões.

E, claro, não podemos esquecer o impacto do Repórter Esso, uma das mais icônicas transmissões rádio do país, que, de 1941 a 1968, trouxe as notícias mais importantes do mundo e marcou a história do rádio brasileiro. Com sua célebre frase de encerramento, "Testemunha ocular da história," o programa tornou-se um símbolo de jornalismo sério e objetivo, conectando ouvintes a eventos históricos de maneira única.

Também temos o saudoso Roberto Canázio, que soube inserir mensagens de fé e esperança de forma sutil, tocando o coração dos ouvintes com reflexões inspiradoras e um toque de espiritualidade cristã. E não podemos deixar de mencionar os talentos locais que fazem a diferença em nossa cidade, sempre comprometidas com a informação e o entretenimento local.

Entre as voltas que o vinil já deu, as fitas cassetes já gravaram e os podcasts de hoje, o radialista nunca perde a relevância. Talvez hoje ele seja uma voz atrás de um "player" digital, mas quem o escuta sabe - seja em AM, FM ou streaming - , que ele está sempre ao nosso lado, e o compromisso com a audiência nunca muda.

Então, parabéns aos radialistas! Vocês são os arquitetos da nossa trilha sonora diária, os DJs da vida real e os gurus da boa conversa.

Que venham mais horas de programas incríveis, mais sotaques, mais piadas infames e, claro, mais aplausos ! Porque, afinal, todos sabemos que, se o radialista não existisse, o mundo seria um lugar muito mais… silencioso