28 de novembro de 2024
CULTURA

Rapper Ajuliacosta oxigena o hip-hop

Por FolhaPress |
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Divulgação
Ajuliacosta: desfiles e shows

A rapper e também fashionista Ajuliacosta caminha em Paris, bate perna entre desfiles e eventos de grifes internacionais, faz fotos e vídeos para seu Instagram e ainda arranja espaço para um show. Nas roupas, veste, entre outros, sua própria marca de roupas. AJC, como também é chamada, fez seu debut na Semana de Moda de Paris no fim de setembro. A artista se consolida à frente de uma geração de rappers mulheres que vem ampliando os diálogos do hip-hop na cultura brasileira.

"O rap feito por mulheres tem feito esse contato porque nós temos a cara, a postura, e flertamos muito com a moda, então por que não ocupar os desfiles e as capas de revista?" Ao lado de AJC, há nomes como Duquesa, baiana e parte do selo Boogie Naipe, do rapper Mano Brown, MC Luanna, e Tasha e Tracie, gêmeas de ascendência nigeriana que serão juradas do primeiro reality show de rap da Netflix no Brasil, o "Nova Cena". "Antes de entrar no rap, eu fazia customização de roupas, quando tinha 14, 15 anos, e vendia essas peças na escola", lembra Ajuliacosta, que se mudou de Mogi das Cruzes para São Paulo quando observou que a demanda por suas criações na Capital só aumentava. Após flertar com o rap nas batalhas de rima da sua cidade, Ajuliacosta aproveitou a reclusão da pandemia para voltar às letras. Em "Mina Chavosa", canta o dia a dia de uma jovem de quebrada em São Paulo: "Se eu ficar de favela os polícia joga pimenta, e se eu for pro centro eles vão dar enquadro: se é pelo sistema eu só trabalho e não saio". As rappers são protagonistas atualmente não somente na França, mas também nos Estados Unidos dois mercados líderes do hip hop global. Nomes como Ice Spice, Megan Thee Stallion e Sexyyred têm liderado as paradas internacionais.