Por conta das últimas chuvas, a segunda-feira (4) amanheceu com o nível da lagoa de captação do Rio Batalha em 3,35 metros, quando o ideal para o abastecimento dos cerca de 100 mil munícipes que dependem o manancial é de 3,2 metros. Confortável, a situação permite que o Departamento de Água e Esgoto (DAE) abasteça de forma ininterrupta todas as regiões antes afetadas pelo rodízio, iniciado em 9 de maio.
Na prática, portanto, o racionamento chegou ao fim. Mas, então, por qual razão a autarquia não anunciou seu fim? Porque o comportamento do rio, ainda em estado de atenção, está sendo avaliado, informa o diretor de divisão de produção e reservação do DAE, Elton Oliveira.
De acordo com ele, na semana passada, o Batalha já estava perdendo vazão e a autarquia retomaria o rodízio no esquema 24/48, embora no final de semana anterior o nível também estivesse acima do ideal.
Por conta do precedente, o anúncio do fim do racionamento volta a ser avaliado nesta semana junto à presidência da autarquia e à prefeita Suéllen Rosim (PSD), acrescenta Oliveira.
Desta vez, o que pode mudar o contexto é justamente a previsão do tempo. “Antes tinha a previsão, mas não chovia”, comenta o diretor do DAE.
Moradores de algumas regiões de Bauru, como do Altos da Cidade, têm reclamado da coloração da água, situação acompanhada pelo DAE, acrescenta Elton Oliveira. De acordo com ele, sempre que tem chuva, aumenta a cor e turbidez da água.
“A gente precisa reduzir a vazão no tratamento para poder equalizar isso. Estamos fazendo. Mas em alguns pontos estamos identificando que também tem relação com as caixas d’água”, informa. Segundo o direto, algumas residências atravessaram períodos bem longos sem água e o morador precisa analisar a parte interna da estrutura.