Um idoso de 64 anos foi preso em flagrante em Caraguatatuba, no Litoral Norte, durante operação contra pedofilia, na manhã desta quinta-feira (31).
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Batizada de Operação Lobo Mau, a ação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo), órgão ligado ao Ministério Público, e a Polícia Civil.
O objetivo é desarticular uma ampla rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material).
Trata-se de uma força-tarefa criada entre as instituições com o apoio da HSI (Homeland Security Investigations) e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet.
Os promotores cumpriram mandado contra o idoso logo no início da manhã. A ação ocorreu na casa do suspeito, no bairro Sumaré, em Caraguatatuba.
O alvo da operação foi preso em flagrante. No celular dele, os agentes encontraram imagens pornográficas envolvendo crianças e bebês.
O homem foi encaminhado à delegacia central da Polícia Civil de Caraguatatuba. Ele nasceu em Bragança Paulista, mas mora no Litoral Norte.
Até o momento, os agentes fizeram 23 prisões em flagrante distribuídas nos estados de Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.
“Com o avanço das investigações, foi possível descobrir a existência de um número muito expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribuí-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox”, informou o Gaeco.
A denominação da operação refere-se justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.
“Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo estão sendo apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta e contínua no combate a esse tipo de crime”, disse o MP.