Os quase 20 milímetros de chuva que caíram em Bauru na madrugada desta sexta-feira (25) fizeram a lagoa de captação de água do Rio Batalha chegar ao nível ideal pela primeira vez após semanas de dura estiagem. A régua que marca a altura da água chegou a 3,20 metros (o ideal) e por volta de 13h desta sexta estava em 3,18 m.
Os mais de 62 milímetros de chuva que caíram em Bauru no final da tarde de quarta-feira (23) já haviam ajudado a lagoa do Batalha a recuperar parte de seu nível. Desde o dia 23 de setembro, o reservatório não ultrapassava os 2 metros. Já esta quinta-feira (24), o nível da lagoa chegou a 2,88 metros. O patamar não era atingido desde o dia 22 de agosto.
A seca no reservatório obrigou o DAE a colocar mais de 90 mil bauruenses em um rodízio rigoroso, em vigor desde maio deste ano. A chuva, porém, descarta a necessidade de oito horas de 'descanso' do Rio Batalha entre um grupo e outro ou mesmo medidas mais drásticas, por ora.
O rodízio será mantido no regime 24h/48. Mesmo com as chuvas desta semana, o DAE explica que o racionamento "ainda é necessário para recuperar os níveis do manancial e garantir o abastecimento a longo prazo". Possivelmente, com a sequência do período de chuvas, o rodízio possa ser suspenso em novembro.
Nesta quinta-feira (24), o abastecimento do Grupo 1 iniciou à meia-noite, de forma ininterrupta até a meia-noite desta sexta-feira (25), quando foi a vez do Grupo 2 receber água por 24h. O Grupo 3 será abastecido no sábado (26), e assim sucessivamente.
As regiões abastecidas em cada grupo seguem inalteradas. Confira:
Grupo 1 - Vila Independência, Jardim Solange, Vila Nipônica, Vila Santista, Jardim Terra Branca e adjacências
Grupo 2 - Centro, Altos da Cidade, Jardim Ouro Verde, Parque dos Sabiás e adjacências
Grupo 3 - Vila Falcão, Alto Paraíso, Vila Industrial, Vila Souto, Vila Giunta e adjacências
Durante o revezamento entre os grupos de abastecimento, a região atendida naquele momento não recebe água de maneira imediata. Isso porque é necessária a recuperação ou "preenchimento" das redes de água, o que pode levar algumas horas a depender da densidade populacional e altitude de cada região. Por esse motivo, o revezamento é feito durante a madrugada, período em que o consumo de água é menor, otimizando a distribuição.