18 de outubro de 2024
PÃO NOSSO III

Polícia Civil interdita fábrica clandestina de pães e farinha

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Polícia Civil/Divulgação
Polícia Civil diz que fábrica irregular migrou de Itatinga para Porangaba após interdição, em 2023

Porangaba - A Polícia Civil fechou, nesta quinta-feira (17), durante a operação "Pão Nosso III", uma fábrica clandestina de pães e farinha de rosca que funcionava num barracão no bairro dos Marianos, em Porangaba, região de Botucatu (100 quilômetros de Bauru). De acordo com a polícia, os responsáveis pelo local haviam sido alvos de uma fiscalização em Itatinga, há um ano, com interdição de uma fábrica ilegal, e migraram de cidade para dar continuidade à atividade irregular.

Após denúncia e investigações comandadas pelo delegado Antenor de Jesus Zeque, equipes do Grupo de Investigação em Área Rural (Giar) II, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Porangaba, da Vigilância Sanitária Municipal, da Defesa Agropecuária do Estado e do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) de Botucatu cumpriram mandado de busca e apreensão no barracão.

No imóvel, segundo a polícia, flagraram a produção de pães e farinha de rosca em condições precárias de higiene, com pães armazenados em lonas dispostas no piso do estabelecimento, e com moscas e roedores transitando pelo local, contaminando a matéria-prima utilizada na produção de farinha de rosca, que era embalada e vendida para restaurantes especializados em comida japonesa em todo o estado.

Como na operação anterior, os policiais civis e os fiscais municipais e estaduais também encontraram pessoas trabalhando em condições precárias de segurança e salubridade, sem registro em carteira de trabalho, e abrigados em alojamentos que não ofereciam o mínimo conforto e segurança para os trabalhadores, que estariam sendo mantidos em condições desumanas e análogas à escravos.

Todos os produtos impróprios para consumo encontrados no local foram inutilizados e descartados pelos agentes da vigilância sanitária. Os trabalhadores prestaram depoimento e foram liberados para retornar às suas cidades de origem. O responsável pela fábrica não estava no local, mas irá responder por crime contra as relações de consumo, por vender, ter em depósito para vender ou expor à venda matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao consumo.