11 de outubro de 2024
FIM DA FASE CRIMINAL

Franceschetti é indiciado por homicídio triplamente qualificado

Por Bruno Freitas | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Matos
Roberto Franceschetti está preso desde o dia 15 de agosto

A Polícia Civil de Bauru, por meio da 3.ª Delegacia de Homicídios (3.ª DH) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), concluiu oficialmente as investigações criminais do Caso Claudia Lobo e apontou o ex-presidente da Apae Bauru, Roberto Franceschetti, como responsável pelo homicídio da secretária-executiva da entidade. Titular do inquérito, o delegado Cledson Luiz do Nascimento também pediu a prisão preventiva dele, uma vez que o prazo da temporária chegará ao fim neste domingo (13).

Agora, o relatório final com 32 páginas será avaliado Ministério Público (MP), que verificará se os elementos apontados são compatíveis com o que legislação prevê para denunciá-lo pelo crime. Depois, a Justiça dará sua decisão. A expectativa é de que uma definição sobre o pedido de preventiva saia até esta sexta-feira (11).

Preso desde 15 de agosto, Franceschetti foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, por traição (uma vez que ele criou uma história para atraí-la e depois tirar a vida dela), e por tentar ocultar outro crime (os desvios na entidade), explica o delegado. De acordo com ele, embora o aspecto financeiro esteja sob sigilo, sendo apurado pelo titular do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), Gláucio Eduardo Stocco, já existem elementos neste sentido.

Para Cledson, o fato dos resultados dos exames de DNA dos fragmentos de ossos encontrados no local onde o corpo de Claudia teria sido ocultado não estarem prontos, não atrapalhou a conclusão do inquérito. “Seria uma cereja no bolo, porque a gente tem elementos objetivos e científicos quem vem ao encontro dos depoimentos de testemunhas”, informa.

Ele cita o fato de Claudia Lobo, 55 anos, ter entrado com vida no carro, de terem encontrado uma quantidade razoável de sangue comprovadamente dela, além de testemunho dizendo que, logo na sequência, foi orientado a dar fim ao corpo. Isso sem contar no direcionamento do veículo conduzido por Franceschetti, apontado pelo rastreio de celular no local e horário em que o homicídio teria acontecido. “Isso é uma construção lógica. Não é pelo fato de não ter o corpo que você não comprova o crime de homicídio. Até porque isso foi uma estratégia do autor de eliminar todos os vestígios que pudessem comprovar uma morte”, finaliza.

Roberto Franceschetti e seus advogados de defesa mantém a tese de que o ex-presidente da entidade é inocente.

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