05 de outubro de 2024
EM BAURU

Na reta final, candidatos intensificam campanha e discursos

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Douglas Reis/JC Imagens
Vista aérea de Bauru. Em termos práticos, campanhas focam a partir de agora no contato direto com a população e problemas do cotidiano

A quatro dias do primeiro turno da eleição, candidatos à Prefeitura de Bauru intensificam a campanha nas ruas do município e abordam assuntos sensíveis, como a falta de água ou os problemas na saúde. Em termos práticos, as campanhas focam a partir de agora no contato direto com a população e os problemas que afetam o cotidiano.

De um lado, os sete candidatos de oposição ao atual governo miram o discurso de que a prefeita Suéllen Rosim (PSD) não fez nada ou não fez o suficiente para resolver os gargalos da cidade. Disputam pela oposição Antônio Izzo Filho (Agir), Chiara Ranieri (União), Dr. Raul (Podemos), Gazzetta (PV), Paulo Lago (PCO), Prof. Xaides (PDT) e Professor Chagas (PSOL).

De outro, a candidata à reeleição mantém o discurso de que deu início a reformas estruturais na cidade, a exemplo do projeto para erguer um hospital municipal, e que precisa de mais tempo para concluir esse projeto.

No caso do governo, segundo apurou o JC, a estratégia de comunicação não deve sofrer grandes mudanças - até porque foi muito pouco contestada pelos adversários, avaliam interlocutores da campanha de Suéllen.

Fontes ligadas à mandatária ouvidas sob reserva pelo JC admitem, por exemplo, que esperavam um clima mais acalorado durante a campanha.

Isso não significaria necessariamente a judicialização da disputa, com representações sucessivas na Justiça Eleitoral, mas um "bate-rebate" nas propagandas, por exemplo, o que não aconteceu, salvo alguns casos.

Nesta reta final, porém, ao menos parte dos outros sete candidatos deve dar um tom a mais nos discursos - sobretudo nas campanhas de rua.

Temas como falta de água e os motivos do problema no abastecimento, por exemplo, serão constantes não apenas nas agendas dos candidatos como também nos recortes a serem publicados nas redes sociais - que arrefecem, por sua vez, nesta reta final.

A própria campanha de rua deve ser diferente nestes próximos quatro dias. Prefeituráveis preveem ampliar o grupo que os acompanha nas agendas para evitar agendas pulverizadas.

Isto é: candidatos a vereador, por exemplo, têm sido convocados a prestigiar as agendas dos titulares das chapas majoritárias.

O "pacote" da reta final inclui também aumentar os materiais de campanha - como panfletos ou folders - e priorizar a entrega pessoal desses produtos ao longo das agendas. Interlocutores das campanhas dizem que o tête-a-téte garante resultados mais concretos neste caso.

A campanha do primeiro turno termina oficialmente na noite de sábado (5).

Ainda não há informações sobre carreatas, por exemplo, mas ao menos quatro candidatos já sinalizaram para a iniciativa.

Eleitores já não podem ser presos, mas há exceções

Desde esta terça-feira (1) e até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. A determinação consta do artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).

São considerados crimes, por exemplo,o uso de alto-falantes e amplificadores de som, a promoção de comício ou carreata, a arregimentação de eleitora e eleitor, a propaganda de boca de urna, a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de suas candidatas ou seus candidatos e a publicação de novos conteúdos ou o impulsionamento deles. Podem ser mantidos em funcionamento aplicativos e conteúdos que já tenham sido publicados anteriormente.