O Parlamento Europeu reconheceu, nesta quinta-feira (19), o ex-diplomata Edmundo González como presidente eleito da Venezuela no último pleito presidencial do país sul-americano, no final de julho.
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Em uma resolução adotada por 309 votos a favor, 201 contra e 12 abstenções, o Poder Legislativo da União Europeia "condena veementemente e rejeita totalmente a fraude eleitoral orquestrada pelo Conselho Eleitoral Nacional controlado pelo regime, que se recusou a tornar público o resultado oficial".
O opositor de Nicolás Maduro nas eleições foi às redes sociais agradecer o órgão. "Como presidente eleito, agradeço o Parlamento Europeu por esse reconhecimento que me transcende; é o reconhecimento da vontade soberana do povo da Venezuela e da estrondosa voz de uma maioria que exige que se respeite a verdade", afirmou González.
O venezuelano está desde o início do mês na Espanha, onde pediu asilo político após ser alvo de um mandado de prisão em seu país natal. O regime o acusa de conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem em um caso que investiga a oposição por publicar as atas de votação do pleito.
De acordo com os documentos, que foram verificados por diversas organizações independentes, González venceu as eleições - resultado que contraria o CNE (Conselho Eleitoral Nacional), órgão aparelhado pelo chavismo e mencionado na resolução aprovada pelo bloco europeu nesta quinta.
O Parlamento, aliás, pede para a União Europeia restabelecer sanções contra os membros do conselho, que haviam sido levantadas como parte de um acordo para tentar alcançar eleições justas, e pediu que as sanções contra Nicolás Maduro e seu círculo próximo sejam prorrogadas e expandidas.