18 de setembro de 2024
ELEIÇÕES 2024

Lago nacionaliza debate e diz que “não se candidatou para ganhar”

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
André Fleury Moraes
Tania Maceri, Luiz Carlos Izzo Filho, Paulo Lago e Marcos Wanderley Ferreira compuseram a mesa da sabatina

Candidato a prefeito de Bauru pelo PCO (Partido da Causa Operária), o bancário aposentado Paulo Lago admitiu na segunda-feira (16) que "não se candidatou para ganhar", mas sim com o objetivo de ampliar o alcance das bandeiras que ele e sua legenda defendem.

Lago foi o terceiro sabatinado do Fórum de Engenharia, Urbanismo e Cidade, promovido pela Assenag, SEESP, IAB e Crea-SP, com apoio deste JC, e falou durante pouco mais de uma hora com os presentes.

Houve pouca discussão, e Lago, na verdade, nacionalizou o debate. Explicou de onde veio - foi diretor do sindicato dos bancários, por exemplo - e disse ter sido expulso do PT nos idos de 1990 por dissidências internas na legenda.

Relatou que seu partido vem sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e criticou as investidas da Corte à liberdade de expressão - que deve ser irrestrita, na avaliação do PCO.

Segundo Lago, "há muita conversa fiada, bate-boca [citou neste caso a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB)], tudo distração para não se discutir algo sério".

O candidato contestou ainda a ascendência do que classifica como neoliberalismo a partir dos anos 1990 e defendeu o calote na dívida pública. Para ele, o juros da dívida corrói parte significativa do Orçamento - valor que deveria ser investido em outros setores. "Isso [o juro] afeta o comércio, a indústria, tudo o que envolve a cadeia produtiva", observou.

Lago disse também que o sistema capitalista foi um avanço para a humanidade, sobretudo por proporcionar o crescimento da indústria - força motriz das nações, afirmou. Criticou, porém, programas de privatizações sob o argumento de que multinacionais quebram a soberania nacional.

Apesar de pouco mencionar Bauru, o candidato destacou que primeiro é preciso discutir o País e o cenário que se avizinha para depois debater o município. "O que está por trás do mau serviço de saúde local?", indagou.

Lago também defendeu firmar convênios com o Governo Federal para elaborar projetos de habitação popular e, mais do que isso, empreender esforços a nível municipal para iniciar um processo de desburocratização da Secretaria de Planejamento.