15 de setembro de 2024
ENTREVISTA DA SEMANA

Renato Antunes Schiave Germano e Mariana Dabus Germano

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 5 min
Tisa Moraes
Renato Germano e Mariana Dabus Germano

Ele é médico oftalmologista e ela, dentista. Com amplo conhecimento em suas áreas de atuação, Renato Antunes Schiave Germano, 36 anos, e Mariana Dabus Germano, 33 anos, assumem semanalmente os microfones da 96FM para democratizar o acesso a informações com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Ambos comandam o programa 96 + Saúde, onde recebem especialistas de diversas áreas da saúde e interagem com o público, tirando dúvidas de forma didática. Transmitido ao vivo toda segunda-feira, das 19h às 20h, na 96FM, no Facebook e YouTube da rádio e do JCNET e no Spotify, o programa é reprisado aos sábados, às 7h. Todos os 144 episódios já gravados estão disponíveis nas plataformas digitais.

Nascido em Bauru, Renato é filho do oftalmologista Jorge Germano, dono da 96FM. Ele atua com o pai, a mãe - a enfermeira Silene Germano - e o irmão Flavio, oftalmologista, no Centro de Excelência em Oftalmologia (CEO), onde também funciona um programa de residência em oftalmologia, com atendimento pelo SUS. É, ainda, chefe do Setor de Glaucoma no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP na Capital e diretor científico da Sociedade Brasileira de Glaucoma.

Já Mariana nasceu em São Paulo, mas vive em Bauru desde os 6 anos e comanda a clínica Dabus Odontologia, no mesmo prédio do CEO, na avenida Comendador José da Silva Martha. Nesta entrevista, o casal revela a motivação em ter um programa sobre saúde, detalha suas trajetórias e como concilia as carreiras com o trabalho na rádio e a vida familiar junto às filhas gêmeas Laura e Lívia, de 2 anos. Leia os principais trechos.

JC - Por que decidiram fazer um programa sobre saúde?

Renato - A ideia foi do meu pai, que é oftalmologista e investe em rádio há muito tempo. Ele sempre foi visionário e nos propôs, como casal, fazermos um programa sobre saúde. A Mariana já era muito desenvolta nas redes sociais e o Anderson França, gerente da rádio, nos ajudou muito. É um programa semanal com informações sobre saúde em todas as áreas. Convidamos médicos de várias especialidades, nutricionistas, fisioterapeutas, dentistas, falando não só de doenças, mas também de qualidade de vida, dicas de prevenção, ajudando as pessoas a se cuidarem e viverem melhor. Temos recebido elogios, palavras de incentivo e estamos felizes com este reconhecimento e por podermos dar nossa contribuição.

Mariana - O grande diferencial é a participação do público. Temos um roteiro inicial, mas recebemos cada vez mais perguntas e dificilmente conseguimos seguir 100% nosso planejamento. É um programa interativo, focado também em atender a demanda dos ouvintes e seguidores.

JC - Vocês atuam em quais áreas específicas em suas carreiras?

Mariana - Eu me formei na USC e me especializei em prótese no Centrinho e em dentística no Instituto Cecilia Veronezi, pela Uniararas. Tenho foco em prevenção, um trabalho diferenciado com testes salivares, já que o pH e a quantidade de saliva influenciam, por exemplo, na possibilidade de cáries, doença periodontal. E também atuo com estética do sorriso.

Renato - Eu e meus dois irmãos vimos desde pequenos a seriedade com que meu pai sempre atuou e seguimos os passos dele. Eu me formei na USP em São Paulo e me especializei em cirurgia de catarata, glaucoma e cirurgia refrativa, que corrige o grau dos óculos. Fiz doutorado e, atualmente, sou chefe do Setor de Glaucoma do Hospital das Clínicas da USP, onde estou toda quinta-feira. Acho importante estar ligado à área acadêmica e também participo de congressos, dando aulas sobre glaucoma. Sou, ainda, diretor científico da Sociedade Brasileira de Glaucoma e participo da programação dos congressos realizados por ela.

JC - De que forma a clínica funciona como instituição de ensino?

Renato - Temos um serviço de residência médica em oftalmologia credenciado pelo MEC, o que demonstra um nível alto de reconhecimento da qualidade desta residência. Os médicos prestam a prova na clínica e, aprovados, fazem um programa de três anos em que acompanham nosso trabalho e aprendem a fazer atendimentos e cirurgias sob nossa supervisão. Ao final, formam-se oftalmologistas. Atualmente, são cinco residentes, que atendem de segunda a sexta na clínica, pelo SUS. Então, os pacientes têm acesso a tudo de mais moderno que usamos no atendimento privado. Não conheço outra clínica particular em Bauru que faça esse trabalho.

JC - Como os caminhos de vocês se cruzaram?

Mariana - Tínhamos um amigo em comum e ele já tinha falado do Renato para mim e de mim para o Renato. Um dia, em 2017, fomos a um barzinho, cada um com seu grupo de amigos, e acabamos nos conhecendo. Em um mês, já estávamos namorando e, na última quinta-feira, completamos quatro anos de casados. Nos casamos no ápice da pandemia, depois de cancelar a festa de casamento. Fizemos uma celebração civil intimista, meu pai e meu sogro fizeram a cerimônia, minha mãe fez a oração, a cachorrinha foi a daminha. Depois de um ano, engravidei das meninas. Chamamos os fornecedores que tínhamos contratado em 2019 para o casamento e eles fizeram a festa de um ano delas. Foi a melhor comemoração que poderíamos ter. Foi a celebração do primeiro ano delas, que é ainda mais desafiador para pais de gêmeos, e também da nossa união.

JC - Com filhas gêmeas, como administram o tempo do casal?

Mariana - Na sexta, por exemplo, fomos jantar em São Paulo, voltamos no sábado e as meninas ficaram com minha sogra. Quando dá, a gente tira um tempinho para a gente, mas, agora, a prioridade são as duas pequenininhas, que demandam muito. Mas temos uma rede de apoio muito boa, fundamental para podermos trabalhar, fazer o programa na rádio ou jantar em um restaurante, por exemplo. E colabora o fato de elas serem muito boazinhas, compreensivas, acho até por serem gêmeas e dividirem espaço desde a gestação.

O QUE DIZEM OS APRESENTADORES

'Temos recebido elogios. Estamos felizes com este reconhecimento e por podermos dar nossa contribuição'

'Temos um serviço de residência em oftalmologia credenciado pelo MEC, com atendimentos pelo SUS'

'Temos uma rede de apoio muito boa, fundamental para pais de gêmeos poderem trabalhar'