23 de novembro de 2024
RECORDES

Brasil é ouro e prata no atletismo no 5º dia das Paralimpíadas

Por | da Folhapress
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB
Mineiro de Bocaiuva, Batista sagrou-se tricampeão paralímpico nesta segunda-feira (2) no Stade de France.

No quinto dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil já subiu ao pódio duas vezes pela manhã no atletismo, com o ouro de Claudiney Batista no lançamento de disco da classe F56 (competem sentados - sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações), e a prata de Beth Gomes no arremesso de peso na F53/F54.

Leia também: Ouro de Fernanda Yara encabeça dia de conquistas do atletismo

Mineiro de Bocaiuva, Batista sagrou-se tricampeão paralímpico nesta segunda-feira (2) no Stade de France, após já ter ficado com o ouro em Tóquio-2020 e na Rio-2016.

Com uma marca de 46,86 m, ele estabeleceu o novo recorde paralímpico em Paris-2024, assim como havia feito nas duas edições anteriores.

"É um mix de emoções. Feliz com esse tricampeonato, é muito treino, muito foco, muita determinação, treinei bastante nessa aclimatação. Nesse momento vale tudo, alimentação, descanso, a ótima estrutura que o comitê nos deu em Troyes (na França). Estava com um desconforto na coluna, fiquei apreensivo, mas na hora ali a adrenalina subiu, não senti dor e deu tudo certo", afirmou Batista, 45, em declarações publicadas pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

Campeão mundial neste ano em Kobe, no Japão, o atleta sofreu um acidente de moto em 2005 que acabou levando à amputação da perna esquerda.

A prata ficou com o indiano Yogesh Khatunyia (42,22m), e o bronze com o grego Konstantinos Tzounis (41,32m).

Já a santista Beth Gomes, 59, que foi o ouro em Tóquio-2020 no lançamento de disco - prova que ela ainda disputa no período da tarde -, conquistou a prata no arremesso de peso, com a marca de 7,82m.

Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura ao lado do nadador Gabriel Araújo, Beth era a única das sete atletas da classe F53, de maior comprometimento físico do que as rivais. O resultado representou a quebra do recorde mundial em sua categoria, que já era dela, de 7,75m, alcançado no Mundial de Paris, em 2023.

O ouro ficou com a mexicana Glória Zarza (8,06m), e o bronze, com a uzbeque Nurkhon Kurbanova (7,75m).

O Brasil também entrou em quadra nesta segunda-feira para a disputa do terceiro e último jogo da fase de grupos da seleção feminina de vôlei sentado.

Após vitórias contra Ruanda e Canadá - atual líder do ranking -, o Brasil não teve dificuldades para passar pela Eslovênia por 3 sets a 0 (25/14, 25/18 e 25/15), se garantindo nas semifinais como a primeira do grupo B.

Na próxima fase, prevista para quinta-feira (5), a seleção brasileira pode pegar China, Estados Unidos ou Itália, em confronto a ser definido na terça-feira (3).

Já na disputa do goaball, a seleção masculina, atual campeã paralímpica, não tomou conhecimento do Egito pelas quartas de final, com vitória por 10 a 0. A equipe brasileira mede forças nas semifinais, na quarta-feira (4), contra a Ucrânia, que passou pelo Irã por 6 a 3.

No período da tarde, o Brasil ainda briga por medalhas nas piscinas da Arena La Défense. Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que já conquistou dois ouros na França (50m e 100m costas), volta a cair na água às 14h41 (horário de Brasília) para a final dos 200m livre na classe S2 (atletas com limitações físico-motoras). Um pouco mais cedo, às 13h47, Carol Santiago, ouro nos 100m costas, compete nos 50m da classe S13 (atletas com deficiência visual).

Pentacampeã paralímpica, a seleção brasileira de futebol de cegos enfrenta às 15h30 os anfitriões franceses na Arena da Torre Eiffel pela segunda partida da fase de grupos - venceu a Turquia por 3 a 0 na estreia -, enquanto Vitor Tavares briga pelo bronze no badminton a partir das 16h10, contra Man Kai Chu, de Hong Kong, pela categoria SH6 (classes funcionais de baixa estatura), em jogo na Arena La Chapelle.