Irmã da secretária executiva da Apae Bauru Claudia Regina Rocha Lobo, Ellen Lobo disse neste sábado que Claudia “foi alvejada por um tiro, queimada e descartada como um lixo”.
A secretária da Apae desapareceu em 6 de agosto e desde então nunca mais foi vista. Roberto Franceschetti Filho, presidente agora afastado da entidade e preso temporariamente desde a semana passada, é suspeito de tê-la assassinado e ocultado seu cadáver. Há indícios de que ele tenha ateado fogo nela.
Ele alega inocência, mas diversas evidências, como imagens de câmeras de segurança, contradições em depoimentos e análise do sinal do celular do investigado apontam para o envolvimento dele, segundo a polícia.
O desabafo de Ellen Lobo nas redes veio no âmbito de uma publicação acompanhada de uma foto da família Rocha. “A casa das cinco mulheres”, relatou. “Mas um assassino quis mudar essa foto. Esta família devassada, sendo torturada a cada dia em que este desfecho não chega ao fim”, lamentou.
“Então não me perguntem como estou. Não me perguntem nada. Seja qual for a resposta que vocês tanto querem, não trará minha amada irmã de volta”, acrescentou.
Nesta sexta, como mostrou o JC, um funcionário afastado da Apae Bauru, averiguado por suposto envolvimento no desaparecimento de Claudia, prestou depoimento na Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru.
Afastado de suas funções há pouco mais de 10 dias, ele chegou a deixar a sede da entidade escoltado por policiais. Durante as investigações do caso tratado como possível homicídio e ocultação de cadáver, a Polícia Civil representou pela prisão temporária dele, mas o pedido foi negado pela Justiça.