As últimas duas semanas têm sido bastante atípicas. Dentre tantos acontecimentos, as notícias ruins infelizmente chamam mais a nossa atenção. Fatos muito tristes, como o acidente de avião que ceifou 62 vidas, despencando do céu como um pedaço de papel até explodir no chão.
O caso da funcionária da Apae desaparecida até hoje, que já se conclui tratar-se de homicídio. Além da perda de vidas, causa preocupação o nome desta distinta e de suma importância organização, tão bem amada pelo povo de Bauru e todo o estado. Esta foi conduzida por muitas décadas pela honorável Olga Bicudo e, hoje, vê seu nome envolvido em um escândalo presumível.
Tivemos, um pouco fora desse contexto, um curioso caso do ataque das abelhas no norte do país, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro discursava em cima de um caminhão. Esse seria o meu próximo assunto nesta tribuna, mas quando escrevo esse texto sou pego de surpresa: Silvio Santos morreu! Mas como assim?
Silvio Santos não poderia morrer; ele fez parte das nossas vidas desde sempre. Falar sobre ele seria redundância, dada a magnitude de seu significado e o ser fenomenal que ele "foi". Mas, passando o susto, vamos tomando ciência e consciência de que "nada ou ninguém é para sempre". Tudo tem começo, meio e fim, embora essa sequência não seja tão previsível. O fim pode chegar no começo, no gelo excessivo nas asas de um avião, em um exame detalhado da cabeça ou do coração.
Pode vir também na falta de freios de um caminhão, no punhal de um amor traído, no tiro errado da polícia ou do bandido. Seja como for, ou qual for a sua, a minha ou a nossa hora, o Silvio morreu aos 93 anos. É difícil acreditar. Acreditar que um dos maiores gênios da comunicação simplesmente não existe mais.
Qual é a música, maestro? '... do mundo não se lê nada, vamos sorrir e cantar lá, lá, lá, lá, lá, lá, hey...'