24 de agosto de 2024
CASO CLAUDIA

Apae apura queima de documentos e afastou outro funcionário

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Mateus Ferreira
Da esquerda à direita, José Francisco Sandrin, Emerson Crivelli, Maria Amelia Pini Ferro e Gabriela Alonso, advogada da Apae Bauru

A Apae Bauru confirmou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (22) que documentos da entidade foram queimados pelo menos três vezes na área rural às margens da rodovia Bauru-Iacanga. É o mesmo local onde a Polícia Civil encontrou os óculos de Claudia Lobo, secretária executiva da entidade que desapareceu em 6 de agosto. O acessório foi reconhecido pela filha dela, Letícia Prado. O caso já é tratado como homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A informação foi revelada pela nova presidente da instituição, Maria Amelia Pini Ferro, que participou ao lado da diretoria de uma entrevista coletiva na sede administrativa da Apae, localizada na rua Rodrigo Romeiro. Segundo a Apae, os descartes foram realizados na semana anterior ao possível assassinato de Claudia Lobo, no dia da ocorrência e em uma terceira ocasião na semana seguinte ao episódio.

A entidade afirmou que os documentos descartados estão relacionados ao "teste do pezinho", mas não descartou a hipótese de que outros materiais relacionados à instituição possam ter sido queimados.

A entidade destacou, por outro lado, que não mantém ligação e tampouco contrato com o responsável pela área e disse que não é procedimento oficial da instituição. Na coletiva, a presidente ainda afirmou que a Apae foi vítima de tudo isso e ressaltou os trabalhos exercidos pela entidade em Bauru.

Ainda de acordo com a instituição, há um outro funcionário afastado há pouco mais de 10 dias. Ele também é suspeito de envolvimento no caso e chegou a deixar a sede da entidade escoltado por policiais.

Roberto tinha salário enquanto presidente da Apae, mas os vencimentos foram suspensos no dia de seu afastamento. A entidade não revelou o valor da folha sob o argumento de que o dado é sigiloso.

Já a nova presidente Maria Amelia, por sua vez, ressaltou estar no cargo interinamente como voluntária e sem, portanto, receber salário.

Ainda na coletiva, a Apae afirmou que não foram identificadas até o momento divergências contábeis nos caixas ou relatórios da instituição - destacou, porém, que a apuração segue e que o resultado dela vai auxiliar no resgate da imagem da instituição.