14 de agosto de 2024
JOGOS OLÍMPICOS

Kerolin e Lorenne trazem de Paris prata e bronze para Bauru

Por Bruno Freitas e Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Redes socias
Kerolin, bauruense do futebol, e Lorenne, atleta do Sesi Bauru, com bronze

As mulheres brasileiras fizeram bonito nos Jogos Olímpicos de 2024. Duas delas são atletas que representaram Bauru e região em Paris e voltaram para solo brasileiro com medalhas. Atacante da seleção feminina de futebol, Kerolin, 24 anos, nascida em Bauru, trouxe prata na bagagem. Já a oposta Lorenne, 28 anos, contratada há pouco tempo pelo Sesi Vôlei Bauru para reforçar a equipe na temporada 2024/25, veio com bronze.

Agora, Kerolin retorna para os EUA, onde defende o time North Carolina Courage. Os vereadores de Bauru farão contato com ela, que é genuinamente bauruense, para uma homenagem da Câmara Municipal. O objetivo é integrá-la ao hall do esporte da Casa de Leis, apurou o JCNET. A jogadora é a bauruense com a premiação mais alta em olimpíada. Antes dela, apenas o técnico Barbosa havia conquistado medalha, um bronze do basquete feminino na Sydney-2000.

Já Lorenne se unirá às companheiras para treinos no Ginásio Paulo Skaf daqui duas quintas-feiras, no dia 22. Ela ainda fará sua estreia pelo time feminino bauruense, após se recuperar totalmente de lesão.

OITO ATLETAS

Ao todo, embarcaram para Paris oito atletas que representam Bauru e região em cinco modalidades, no maior evento esportivo do mundo. São eles: Darlan Souza, Lukas Bergmann e Lorenne Teixeira, que não são bauruenses, mas defendem os times do Sesi Vôlei Bauru; o jogador de basquete Lucas Dias, que nasceu em Bauru e defende o Sesi Franca; o mesatenista bauruense Claudio Massad nas Paralimpíadas - que começam em 28 de agosto; a atacante do futebol feminino Kerolin; o judoca Michel Bastos, que defende o Sesi Botucatu; além do jogador paralímpico de tênis de mesa Paulo Salmin, de Barra Bonita. Era esperado que o judoca barra-bonitense Rafael Buzacarini também integrasse esse "time", mas ele acabou ficando de fora da convocação da seleção.

KEROLIN

A atacante bauruense Kerolin Nicoli Israel Ferraz, que deu seus primeiros chutes no distrital da Vila Dutra, não foi titular na França, mas foi fundamental na campanha ao entrar no segundo tempo das partidas - exceto na final, quando estava lesionada. Na semifinal contra a Espanha, inclusive, ela marcou o quarto e último gol contra as campeãs do mundo, que foram goleadas.

Kerolin chegou a esta olimpíada mais madura do que na Tóquio-2020 (em 2021). Na época, vinha de uma fase de sucesso no Corinthians, com título da Libertadores em 2017. Em 2023, foi a melhor jogadora da disputa da liga feminina dos EUA. Kerolin defende o North Carolina Courage e marcou 11 gols no último campeonato. A paixão pelo futebol é compartilhada com o pai Anderson Ferraz Felipe, que ainda reside em Bauru e é muito ligado ao futebol amador. A jogadora, porém, mora com a mãe Tatiana em Campinas.

Em entrevista ao JC em 2017, Kerolin havia revelado que seu sonho era jogar na Europa e na Seleção Brasileira. Aos 10 anos, já era apelidada pelas amigas de "Ronaldinha", pela semelhança com o jeito de jogar do ex-craque do Barcelona. Kerolin começou na base do Valinhos e depois foi para a Ponte Preta, antes da transferência para o Corinthians (parceria com o Audax) e seguir para o Exterior.

LORENNE

Lorenne Teixeira, um dos novos reforços do Sesi Vôlei Bauru para a temporada 2024/2025, estava no grupo que perdeu a semifinal para os Estados Unidos, mas que se recuperou e venceu a Turquia por 3 sets a 1 no sábado (10), ficando com o terceiro lugar no pódio.

A jogadora, contudo, não teve oportunidade de entrar em quadra nesta Olimpíada, já que ficou no banco nos dois primeiros jogos e sentiu um desconforto na panturrilha direita antes do terceiro, contra a Polônia. A atleta acabou sendo poupada desde então.

Nesta sexta-feira (16), o Sesi Vôlei Bauru estreia no Campeonato Paulista 2024 contra o São Caetano, às 18h, em São Paulo.