14 de agosto de 2024
COLUNISTA

Paris-2024: se esperava mais do Brasil...


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Se não fossem as mulheres...


      
Chegou ao fim o maior evento esportivo do ano. Os Jogos Olímpicos Paris-2024 se encerraram com uma campanha abaixo das expectativas do COB (Comitê Olímpico do Brasil). O Brasil encerrou sua participação com 20 medalhas, sendo 3 de ouros, 7 de pratas e 10 de bronze. Já se imaginava que seria muito difícil alcançar os 7 ouros (que o país teve no Rio-2016 e Tóquio-2020), mas se falava em pelo menos 5 medalhas de ouro e foram apenas 3 nas disputas em Paris. Os 20 pódios garantiram a segunda melhor campanha da história olímpica (ficando atrás dos 21 da última Olimpíada). A delegação brasileira ficou longe do recorde de ouros e ainda viu cair número de esportes no pódio...

As mulheres foram o grande destaque da delegação brasileira. Pela primeira vez na história, conquistaram mais medalhas do que os homens. Os resultados do ciclo olímpico inteiro já indicavam que isso iria acontecer. Das 20 medalhas, 12 foram delas, sete deles e uma mista (na competição do judô por equipes). Se não fossem as mulheres, a campanha brasileira em Paris teria sido muito abaixo das expectativas...

As 20 medalhas do Brasil em Paris-2024


Conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos é um feito gigantesco. Fica marcado pra sempre na história do atleta e do país. Mesmo na situação em que a expectativa era o ouro e acabou vindo uma parta ou um bronze, é uma vitória pra ser eternizada. Vamos com a relação das 20 medalhas que a delegação brasileira trará na bagagem:

Medalhas de ouro: 3

Medalhas de prata: 7

Medalhas de bronze: 10

Os números do Brasil em Olimpíadas...     
                              


A expectativa, antes das Olimpíadas, era bater o recorde de medalhas. Nos Jogos de Tóquio, foram 21, e a projeção apontava 22 pódios para o Brasil. O recorde não foi batido. Mas as 20 medalhas conquistadas em Paris colocam esses Jogos como o segundo maior em número de medalhas em toda história olímpica brasileira.

Olimpíadas em que o Brasil obteve maior número de medalhas:

1º: Tóquio-2020 (disputada em 2021): total de 21 medalhas
2º: Paris-2024: 20
3º: Rio-2016: 19
4º: Londres-2012: 17
5º: Pequim-2008: 17
6º: Atlanta-1996: 15
7º: Sydney- 2000: 12
8º: Atenas-2004: 10

Interessante notar que o Brasil estava conseguindo uma evolução no número de medalhas desde Pequim-2008. Foram 17 e o número foi mantido em Londres-2012. Cresceu no Rio-2016 (com 19), subiu ainda mais em Tóquio (21) e depois de 5 Olimpíadas o número caiu. Não só o número total (que ficou em 20) como principalmente as conquistas de ouro. Segue a relação do Brasil no lugar mais alto do pódio.

Olimpíadas em que o Brasil obteve o maior número de medalhas de ouro:

1º: Tóquio-2020 (disputada em 2021): 7 medalhas de ouro
2º: Rio-2016: 7
3º: Atenas-2004: 5
4º: Paris-2024: 3 (o mesmo número de Londres-2012, Pequim-2008 e Atlanta-1996).                                                                                                                                                                                              
Os pódios que “ficaram faltando”...

                   

Muito se falou durante o ciclo que alguma modalidade que jamais foi ao pódio entraria na lista dos esportes medalhados. O Brasil chegou a Paris com chances reais no tiro com arco, tênis de mesa, canoagem slalom e ginástica rítmica, mas acabou fora do pódio. Assim, o número de modalidades com medalhas caiu para 11, duas a menos que em Tóquio. A lista das decepções incluem os atletas dessas 4 modalidades que se imaginava subir ao pódio: Marcus D’Almeida (tiro com arco), Hugo Calderano (tênis de mesa), Ana Sátila (canoagem slalom) e a infelicidade do conjunto da ginástica rítmica, que teve uma atleta que competiu machucada nas apresentações...

Além das 4 modalidades que se esperava “estrear” no pódio, algumas decepções também vieram na natação (nenhuma medalha), com a Ana Marcela (águas abertas) e com o pessoal da vela, tradicional fonte de medalhas e que não subiu uma única vez ao pódio em Paris. Essas decepções fizeram o Brasil despencar do 12º lugar alcançado em Tóquio pro 20º lugar (até o momento do fechamento dessa Coluna) no quadro de medalhas. Se esperava muito mais do “time Brasil”...                   
                                                                                                                                           
Momento Maguila    

O SALVE de hoje vai pros amigos das antigas. Um grande abraço pro Hecmet Farha Junior, Emilio Viegas, Paulo Comegno, Marcelo Vieira, Ronaldo Jarussi, Luis Augusto Spadotto, Francisco Queda, Otávio Kfouri e José Barbosa Neto.

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