A insônia é um distúrbio do sono muito comum em pessoas adultas. Ela está associada à depressão, ansiedade e apneia do sono (causada pelo ronco). Seu principal sintoma é o corpo cansado que não consegue adormecer, o que causa um impacto físico e mental.
Nesse cenário, um novo estudo mostrou que existem cinco subtipos diferentes de insônia com base nos traços de personalidade e humor do indivíduo.
"Eu queria saber se essas cinco categorias seriam refletidas na substância branca do cérebro (que dá apoio, isolamento elétrico e nutrição aos neurônios) e acontece que elas provavelmente são. Parece que as alterações na substância branca variam entre diferentes subtipos de insônia", explica o neurocientista Tom Bresser, estudante de doutorado do Instituto Holandês de Neurociências, em Amsterdã, um dos autores do estudo publicado na revista científica Biological Psychiatry.
A pesquisa realizada pela equipe de cientistas analisou dados de ressonância magnética de 200 pessoas com insônia e 73 pessoas sem qualquer dificuldade para dormir. A partir disso, seus integrantes notaram que existia uma diferenciação na estrutura cerebral e na maneira que o distúrbio se desenvolvia.
"Essa pesquisa ajuda principalmente na nossa compreensão da insônia e de onde ela vem. Esperamos que isso possa ajudar a melhorar os tratamentos de insônia porque entendemos melhor os circuitos cerebrais envolvidos", diz Bresser.
Ainda que os subtipos não ditem quando a insônia se torna mais ou menos grave, para os pesquisadores conseguir identificá-los pode significar tratamentos específicos e mais eficazes para quem sofre com a privação do sono.
"Todos têm o mesmo rótulo, mas há muitas diferenças entre suas experiências e os sintomas de insônia. Se o circuito cerebral emocional está mais envolvido, talvez a terapia deva se concentrar nesse aspecto em particular", conclui Bresser.
Entre os subtipos, há os que não ativam o sistema de recompensa do cérebro, circuito que produz dopamina, neurotransmissor responsável pelo humor e prazer.
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