O primeiro domingo de agosto é o Dia do Padre. Por isso, convido-o/a, caro leitor e leitora, a rezar em comunhão com toda a Igreja do Brasil pelos padres e demais ministros ordenados que são os bispos e os diáconos, chamados por Deus e por Ele consagrados e ordenados ao serviço do seu santo povo. É nosso dever suplicar ao Pai que os fortifique e santifique com a renovada unção do Espírito Santo, a fim de que tenham boa saúde de corpo e alma, se sintam inflamados do ardente zelo dos apóstolos e sejam fiéis discípulos e alegres missionários de Jesus Cristo, nosso Senhor.
O Evangelho da santa Missa deste domingo é continuação de São João - Jo 6,24-35 - do qual sobressai essa afirmação de Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede" (v. 35). Jesus é o verdadeiro Pão do céu, o alimento espiritual que Ele deseja oferecer para a vida dos cristãos, que contrasta com o maná do deserto, o pão material que matou a fome dos hebreus na travessia do deserto, como Ele explica no Evangelho. Depois que Jesus multiplicou os cinco pães e os dois peixes, dando de comer a cinco mil homens, conforme foi lido no domingo passado, Jesus agora os denuncia quanto à sua sinceridade dizendo que eles não O seguem por causa dEle ou do seu Evangelho, senão porque comeram pão e ficaram de barriga cheia. Tanto que queriam fazê-Lo rei. Pois eram daquele tipo de pessoas, quanto deles se conhecia, que abdicavam facilmente da liberdade, vendendo-a a qualquer tirano em troca de pão e circo. Jesus, porém lhes diz: "Esforcem-se não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem lhes dará" (v.27). Os judeus, pensando em termos materiais, pedem a Jesus um sinal que dispensa de trabalhar, como o maná que caiu graciosamente do céu. E, diferentemente, lhes oferece o alimento espiritual, o Pão da vida, ou seja, Ele mesmo. No entanto, a todos aqueles que querem comer desse pão Jesus exige a fé: "A obra de Deus é que eles creiam no enviado de Deus" (v.29). Jesus é o que vem em nome de Deus para dar vida ao mundo. Para se chegar ao Pão da vida é preciso trilhar pelo caminho da fé. Com efeito, a fé é dom de Deus. Por isso, Jesus afirma: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai não o atrair" (Jo 6,44). Importa, porém, caminhar na vida com atenção redobrada para que não se perca toda oportunidade de se encontrar com Deus que passa, ainda que sutilmente, mas sem exceção, diante de cada um, como passou para Elias no sinal da leve brisa. Nem todos os judeus viram na multiplicação dos pães o sinal e anúncio do verdadeiro Pão descido do céu. Muitos se escandalizariam e se recusariam em aceitar comungar da carne espiritualizada de Jesus na Eucaristia. Deus dá a graça da fé a toda pessoa, porque
Ele não nega a ninguém o bem. E o bem supremo da vida consiste em conhecer e amar a Deus, o sumo bem e todo o bem. Cabe, portanto, a cada um dar a sua resposta de adesão a Jesus Cristo para poder comungar o Pão da Palavra de Deus e o Pão do seu Corpo dado na Eucaristia. E é dever também de cada um suplicar a Deus que nos dê sempre desse pão da Vida que é Jesus Cristo, o Verbo de Deus e o Alimento do Céu que nos sustentam para a salvação eterna. Alimentemo-nos sempre de Jesus, verdadeiro pão descido do céu, acolhendo o projeto de salvação que Ele nos propõe: "Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e todas as coisas materiais relacionadas à sobrevivência vos serão acrescentadas" (Mt 6,33).
Convido-o/a, estimado leitor e leitora, a rezar de modo especial pelos ministros ordenados de nossa Diocese, nossos bispos, padres e diáconos.