29 de novembro de 2024
ECONOMIA

Contas Públicas


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As contas do setor público consolidado apresentaram um déficit primário de R$ 43,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, o equivalente a 0,78% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há superávit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. O déficit das contas públicas mais do que dobrou na comparação com os seis primeiros meses de 2023, quando o resultado negativo somou R$ 20,4 bilhões (0,39% do PIB). Esse também foi o maior rombo para os seis primeiros meses de um ano desde 2020, quando o déficit somou R$ 402,7 bilhões, em meio ao aumento de gastos com a pandemia da Covid-19. Somente em junho, as contas públicas registraram um saldo negativo de R$ 40,9 bilhões. O déficit das contas públicas foi resultado do desempenho das contas do governo federal e, também, das empresas estatais. Os estados e municípios tiveram superávit no mês passado.

Detalhes do aperto nas contas públicas

O governo federal detalhou o aperto de R$ 15 bilhões nos gastos, anunciado há quase duas semanas. A medida foi necessária para que as regras fiscais (das contas públicas) sejam cumpridas em 2024. Os ministérios da Saúde e das Cidades foram os mais afetados pelos cortes. O Ministério da Saúde teve uma redução de R$ 4,4 bilhões. O das Cidades perdeu R$ 2,1 bilhões. Transportes e Educação também foram atingidos, com queda de R$ 1,5 bilhão e R$ R$ 1,2 bilhão respectivamente.

E o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)?

O PAC, principal programa de obras do governo, teve R$ 4,5 bilhões congelados. Os investimentos do PAC são distribuídos entre várias pastas. Por isso, pode haver cortes nas Cidades e cortes nos Transportes que se refiram ao PAC. As emendas parlamentares, R$ 1,1 bilhão. Foram congelados R$ 9 bilhões em despesas discricionárias da União. Os gastos discricionários são aqueles não obrigatórios. Salários de servidores, por exemplo, são gastos obrigatórios. A lista das pastas mais afetadas não considera o tamanho do corte em relação à verba total de cada área. O Ministério da Saúde, por exemplo, também tem um dos maiores orçamentos da Esplanada.

Geração de empregos formais

O Brasil gerou 201.705 empregos formais em junho. Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em junho: 2,07 milhões de contratações; 1,86 milhões de demissões. O resultado representa crescimento de 29,6% em relação a junho do ano passado, quando foram criados cerca de 155,69 mil empregos com carteira assinada.

Taxa de desemprego

A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,9% no trimestre encerrado em junho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em março, houve queda de 1 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, que era de 7,9%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8%. Trata-se do melhor resultado para um trimestre encerrado em junho desde 2014 (6,9%). Na série comparável, é a menor taxa desde o quarto trimestre de 2014 (6,6%). Com os resultados, o número absoluto de desocupados teve queda de 12,5% contra o trimestre anterior, atingindo 7,5 milhões de pessoas. Na comparação contra o mesmo trimestre de 2023, o recuo é de 12,8%. No trimestre encerrado em junho, também houve alta de 1,6% na população ocupada, estimada em 101,8 milhões de pessoas — novo recorde da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 3%, com mais 2,9 milhões de pessoas ocupadas.

Economizar em supérfluos

Para economizar em gastos supérfluos, aqui estão algumas dicas que podem ajudar a manter suas finanças em ordem. Gaste menos do que ganha: parece óbvio, mas é fundamental para evitar dívidas. Tenha uma planilha de gastos: isso ajuda a visualizar onde você pode cortar despesas. Reveja suas assinaturas: cancelar serviços que você não usa pode gerar uma boa economia. Controle seus impulsos: evite compras por impulso, que geralmente levam a gastos desnecessários. Compre com consciência: antes de comprar algo, pergunte-se se realmente precisa daquilo. Evite a moda do consumo: opte por peças atemporais e de qualidade que durarão mais tempo. Cuidado com as promoções: elas podem levar a compras desnecessárias apenas pelo apelo do desconto. Calcule o valor da sua hora: isso ajuda a entender o quanto você realmente está gastando em termos de tempo de trabalho. Lembre-se de que pequenas mudanças no dia a dia podem resultar em grandes economias ao final do mês.

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