Entre abril de 2023 e abril de 2024, Bauru ganhou 5.834 novas empresas, um incremento de 9,8% que resultou na marca de 65.179 estabelecimentos ativos. Destes, mais da metade é do setor de serviços. A conclusão é do estudo IPC Maps 2024, elaborado pela empresa especializada em informações de mercado IPC Marketing, que atua com pesquisas há 30 anos com base em fontes oficiais.
Líder no ranking, o segmento de serviços registrou o maior crescimento no período, com alta de 12,7% no número de estabelecimentos, respondendo por 39.394 CNPJs, entre microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (MEs), empresas de pequeno porte (EPPs) e demais naturezas jurídicas. Em segundo lugar, está o comércio, com expansão de 5,2%, reunindo 13.966 lojas; seguido por indústrias, que ampliaram suas unidades em 6,7%, somando 10.302 companhias. Por fim, aparece o agronegócio, respondendo por 1.517 empresas, um incremento de 4,2%.
Segundo a Prefeitura de Bauru, do total de CNPJs ativos, 45.867 são MEIs, ou seja, 70% das empresas registradas na cidade. E vale destacar que, mesmo desconsiderando este contingente, mais de 80% dos estabelecimentos do município possuem de um a quatro trabalhadores, conforme estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgadas recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini revela que o ganho de Bauru de 2023 para 2024 foi superior à média do Interior, de 9,2%, das capitais e regiões metropolitanas, de 7%, e do País, de 8,1%. "Este cenário pode ser explicado pela escalada do home office, pois mesmo que a empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de escritórios e essa modalidade de trabalho passou a ser mais frequente após a pandemia", afirma.
Em todo o País, foram contabilizadas 23.979.576 unidades ativas, sendo mais da metade (51,8%) concentrada na região Sudeste, 7,3 milhões delas só no setor de serviços. Na segunda posição, está o Sul, com 18,9%; Nordeste, com 16,2%; Centro-Oeste, com 8,4%; e Norte, com apenas 4,6% das organizações ativas no País.