22 de julho de 2024
RECORDISTA NACIONAL

Engenheiro deixa emprego em multinacional para ser recordista

Por FolhaPress |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Carlos Diezel é engenheiro mecânico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); ele é recordista nacional no mergulho em apneia

Carlos Diezel tinha emprego em uma empresa multinacional, mas deixou tudo de lado para realizar um sonho: viver do mergulho em apneia. Carlos é engenheiro mecânico formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele chegou a trabalhar na Alemanha em uma empresa multinacional atuando na área.

Tudo mudou na vida do brasileiro após uma viagem para Bali, na Indonésia. Foi no país asiático onde Carlos teve o primeiro contato com o mergulho freedive ou mergulho em apneia. A prática consiste em submergir sem nenhum tipo de aparelho, apenas controlando a própria respiração.

Algum tempo depois do primeiro contato com o mergulho em apneia, Carlos decidiu deixar o emprego na multinacional. Ele, inclusive, vinha de promoções frequentes dentro da empresa.

"O medo que envolve uma mudança de carreira é isso, eu sou casado, tinha dois filhos à época, agora eu já tenho três, e a responsabilidade financeira que a gente tem é grande. Se tinha algum medo, era esse, de que talvez não desse certo, e eu ia ter de voltar para a carreira anterior tendo perdido algum tempo, algumas oportunidades, talvez dado uns passos atrás, mas em nenhum momento pensei que não ia dar certo", conta.

Sucesso e Recorde

A nova carreira deu certo. Carlos virou instrutor de mergulho em apneia, já atuou como mergulhador de segurança em um campeonato importante e é sócio-diretor na Dahab Freedivers, escola egípcia que está entre as mais conhecidas para este tipo de prática esportiva.

Carlos é o recordista brasileiro no mergulho em apneia. Ele conseguiu a marca de 87 metros de profundidade durante um campeonato realizado no Egito. O mergulhador, no entanto, não está satisfeito.

Apesar dos riscos, o brasileiro vê a prática do mergulho em apneia como segura. Ele, entretanto, destaca que é preciso seguir à risca as regras de segurança e ter um treinamento para seguir na modalidade.

Carlos vê o Brasil com potencial para se desenvolver na modalidade. A "conexão" do país com as práticas esportivas aquáticas e a ligação com o mar foram alguns pontos destacados pelo mergulhador. As saúdes mental e física também foram citadas por Carlos.

"É um esporte que permite um autoconhecimento acelerado e que ensina as pessoas a atingirem outros níveis de relaxamento. Descobri realmente como relaxar, observar o corpo e a mente para entender de onde vem tensões, de onde vem elementos que, às vezes, estão dificultando o relaxamento", concluiu.