Os Jogos Olímpicos de 2024 terão como Paris, na França, sua principal cidade anfitriã, e prometem ser um grande evento multiesportivo internacional.
Estão programados para acontecer de 26 de julho a 11 de agosto, além desta edição representar um centenário da edição dos Jogos Olímpicos de 1924, também em Paris.
Uma reflexão interessante, que vêm sendo divulgada em diversas mídias, é a de como a sociedade e a cidade de Paris mudaram nos últimos 100 anos.
Por exemplo, dos 3.089 atletas que competiram há um século, apenas 135 eram mulheres. Agora, cem anos depois, serão os primeiros Jogos a atingir a paridade total de gênero em termos de número de atletas.
Outro exemplo é o do Rio Sena, onde foi feito um grande esforço para que este seja palco das provas da maratona aquática e da natação do triatlo neste ano.
Até a prefeita de Paris nadou lá recentemente, para provar a qualidade de sua água. Em 1924, já era proibido nadar no Rio Sena, por causa da poluição da água, que historicamente recebeu esgoto de residências e indústrias, além do lixo das ruas carregado pela chuva.
O que Bauru tem a ver com isso?
Esta reflexão também pode ser feita por aqui, basta observarmos a história da cidade nos últimos cem anos sob um olhar crítico.
Desde o desenvolvimento territorial, habitacional, cultural, estrutural, passando também pelo saneamento básico, pela mobilidade urbana, pelas principais construções públicas, como o prédio da Estação Ferroviária em 1939, o Parque Vitória Régia em 1976, do Terminal Rodoviário em 1980, das escolas, dos hospitais, das praças, do calçadão, das ruas, avenidas, até a situação atual de cada elemento desse complexo urbano, habitado por pessoas diferentes, com necessidades e motivações diferentes.
Quem sabe a partir desta visão, um dia não serão os parisienses quem desejarão visitar, conhecer e viver na fantástica cidade de Bauru, onde alguém reconhecido como maior atleta do século passado começou sua trajetória no esporte mais popular do mundo.
Afinal, o "mundo gira", ou "La Roue Tourne".