16 de julho de 2024
ECONOMIA

Resultado da Balança Comercial

Por Reinaldo Cafeo |
| Tempo de leitura: 4 min

A balança comercial registrou superávit de US$ 6,7 bilhões em junho de 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O saldo ficou abaixo do registrado em junho do ano passado, que foi de US$ 10,1 bilhões. O resultado é o menor para meses de junho desde 2020, quando houve superávit de US$ 6,5 bilhões. A balança comercial é superavitária quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, a balança é deficitária. Segundo o governo, em junho deste ano: as exportações somaram US$ 29 bilhões e as importações somaram US$ 22,3 bilhões. De janeiro a junho, as exportações totalizam US$ 167,6 bilhões e as importações, US$ 125,3 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 42,3 bilhões. Esse resultado é inferior ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 44,6 bilhões. O saldo do primeiro semestre de 2024 é o pior desde 2022, quando o superávit dos primeiros seis meses foi de US$ 34,3 bilhões.

PIX por aproximação

O Banco Central do Brasil (BC) e o Conselho Monetário Nacional decidiram criar novas regras para o sistema Open Finance que vão permitir o pagamento por aproximação utilizando o PIX. As novas funcionalidades devem estar disponíveis para a população geral a partir de fevereiro de 2025. O cronograma é o seguinte: 31 de julho de 2024: Regulamentação específica para a Jornada de Pagamentos Sem Redirecionamento (JSR); 14 de novembro de 2024: Testes em produção; 28 de fevereiro de 2025: Lançamento do produto para a população. Além do PIX por aproximação, as novas regras também visam permitir que os clientes não precisem mais sair do ambiente de compras online, em e-commerces, para realizar o pagamento pelo sistema.

Alíquota do IVA

Deputados do grupo de trabalho da Câmara que avalia a regulamentação da reforma tributária estimaram, que a alíquota dos futuros impostos sobre o consumo (IVA - Imposto sobre Valor Agregado) ficará abaixo dos 26,5% previstos nas estimativas da equipe econômica. No patamar de 26,5%, a alíquota, projetada pelo governo federal para os futuros impostos sobre o consumo, seria uma das mais altas do mundo, segundo dados da Tax Foundation - uma organização sem fins lucrativos que atua há mais de 80 anos fazendo avaliações sobre impostos e coletando dados. Essa é apenas uma estimativa da futura alíquota. O valor final da alíquota dos impostos só será conhecido nos próximos anos - após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor - necessário para manter a carga tributária atual.

Descomplicando a economia: O que é IOF?

Como o próprio nome já diz, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é um imposto federal pago por pessoas físicas e jurídicas em qualquer operação financeira, como operações de crédito, câmbio, seguro ou operações de títulos e valores mobiliários. Além de ser uma fonte de arrecadação do Governo, o IOF também é usado como uma forma de controlar a economia do país. Com os dados coletados com as movimentações financeiras, é possível criar índices que funcionam como um "termômetro" da economia: quanto mais IOF arrecadado, mais operações financeiras ocorreram. Mas, nem sempre uma maior arrecadação a partir do IOF significa que houve um crescimento da economia. Afinal, o IOF também é um imposto cobrado sobre outros tipos de movimentações financeiras, como contratação de empréstimos.

Em que é cobrado o IOF?

O IOF é cobrado em operações de crédito, câmbio, seguro ou operações de títulos e valores imobiliários. Alguns exemplos mais comuns: comprar com cartão de crédito fora do país (online ou presencialmente); comprar ou vender moeda estrangeira; sacar dinheiro usando o cartão de crédito; fazer um empréstimo ou financiamento; usar o cheque especial ou crédito rotativo; resgatar um investimento; fazer um seguro. É importante dizer que o IOF cobrado varia de acordo com o tipo de operação financeira, com o valor da operação e o tempo.

Qual o valor do IOF?

O valor do IOF depende do tipo de operação financeira, do valor da operação e do tempo. O IOF para compras internacionais no cartão. A partir de 2 de janeiro de 2024, é cobrado 4,38% de IOF sobre o valor de compras e saques realizados no exterior com o cartão de crédito ou pré-pago (aquele que você carrega com um valor estabelecido antes de viajar). Desde janeiro de 2023, esse percentual vem caindo um ponto percentual até ser totalmente zerado em 2028, de acordo com o cronograma a seguir: 2023: 6,38% para 5,38%; 2024: 5,38% para 4,38%; 2025: 4,38% para 3,38%; 2026: 3,38% para 2,38%; 2027: 2,38% para 1,38%; 2028: 1,38% para zero.

Mude já, mude para melhor!

"O pior cego é aquele que não quer ver." Essa expressão é frequentemente usada para enfatizar que, muitas vezes, a ignorância é uma escolha deliberada. Abra o olho e saiba separar o joio do trigo. Mude já, mude para melhor!