O governo Suéllen Rosim (PSD) cumpriu já no primeiro semestre a meta estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público (MP) de Bauru pelo qual a administração se comprometia a criar 700 novas vagas em escolas de educação infantil ao longo do ano inteiro.
"A princípio eram 300 no primeiro semestre e 400 no segundo semestre. Mas já podemos dizer que cumprimos a meta neste início de julho", celebrou o secretário de Educação, Nilson Ghirardello, em entrevista ao JC concedida na terça-feira (2).
Segundo o titular da pasta, inaugurações recentes, somadas a outras ações, possibilitaram a antecipação da meta do TAC. Ao todo, 686 novas vagas foram abertas até o final de junho e outras mais de 100 foram abertas até esta quinta com a inauguração de duas unidades de ensino.
"Foram diversas ações. A começar pelo aumento do repasse per capta às organizações da sociedade civil (OSCs) [que gerenciam unidades de ensino], passando também pelo programa 'Mais Creches', que no começo teve adesão pequena mas que agora, com valores mais atrativos, surtiu efeito", explica Ghirardello.
Outra frente de apoio ao cumprimento da meta são reformas que ampliaram a capacidade de unidades de ensino infantil. Uma delas é a Emeii Aida Tibiriçá Borro, na Vila Antárctica, entregue no início desta semana.
"A Aida oferecia 75 vagas e a revitalização dobrou essa capacidade, chegando a 150 com a ampliação", explica o titular da pasta. Nesta quinta-feira (4), enquanto isso, há previsão de inauguração da escola Nanci Bianchi, na Vila Brunhari, com capacidade de até 75 vagas.
Ghirardello, além disso, também vê boas perspectivas para o futuro. "Há outras escolas sendo construídas e que com certeza serão concluídas no ano que vem. Uma delas, o Pezzatto, se transformará na creche Padre João Carlos e oferecerá cerca de 100 vagas. Depois vêm unidades do Tangarás e Fortunato Rocha Lima, cada uma com cerca de 150 vagas", explica.
A unidade Padre João Carlos, aliás, vem com uma novidade: será construída em estrutura pré-moldada, o que reduz o custo e o tempo de construção. "Será nossa primeira experiência. Se funcionar bem, poderemos replicar em outras regiões da cidade", aposta.
Ghirardello admite que zerar a lista de espera por vagas em creche é difícil - a demanda é contínua, afinal -, mas acredita numa situação de estabilidade, com o mínimo possível de crianças aguardando.
"Antes chegávamos a determinadas épocas do ano com mais de mil crianças na lista de espera. Hoje [dia 2] são 374", afirma. O número ainda é expressivo, admite o secretário, mas vai cair a partir do segundo semestre com as unidades já inauguradas.
A maior surpresa deste ano, diz Ghirardello, foi a adesão ao programa Mais Creches - que da última vez teve apenas uma interessada e, em 2024, cinco instituições abraçaram a iniciativa. "Outro fator importante é que são unidades distribuídas em várias regiões da cidade, levando a oferta a vários bairros", afirma o secretário.
O promotor da pasta de Infância e Juventude do Ministério Público de Bauru, Lucas Pimentel de Oliveira, afirma que seguirá fiscalizando a demanda por vagas em creches no município. "Continuaremos acompanhando para garantir o atendimento integral a todos", explica.
"As vagas vieram, embora tardiamente. Nós víamos um crescimento muito tímido nos últimos anos. E agora as vagas estão sendo abertas em volume maior. Melhorou bastante", afirma Pimentel.