06 de outubro de 2024
POLÍTICA

Suéllen afirma que deve licitar hospital-dia em julho ou agosto

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
A prefeita Suéllen Rosim (PSD) propõe PL para desafetar área

Medida necessária para desafogar as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e do Pronto-Socorro Central (PSC) de Bauru e minimizar a lotação das unidades hospitalares da cidade, a construção do hospital-dia municipal deverá ser licitada em breve. Segundo a prefeita Suéllen Rosim (PSD), o projeto básico da unidade está em fase final de elaboração e a expectativa é de que o processo licitatório para contratar a confecção do projeto executivo e a construção do prédio seja aberto em julho ou, no mais tardar, agosto.

A intenção é implantar o hospital em uma área de 7.755,21 metros quadrados, pertencente ao município e localizada na quadra 8 da avenida do Hipódromo, atrás da UPA Geisel/Redentor. Para tanto, Suéllen protocolou na Câmara Municipal, em 17 de junho, um projeto de lei para desafetar, ou seja, mudar a destinação do terreno, da categoria de "bem de uso comum do povo" para "bem patrimonial disponível da administração".

"Assim que concluirmos o projeto básico, vamos contratar os projetos complementares e a obra em uma licitação única, com o objetivo de iniciar a construção até o final deste ano", informou a prefeita. O hospital contará com 60 leitos, sendo seis de UTI, para atendimentos de baixa complexidade, como procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos que requeiram a permanência do paciente na unidade por, no máximo, 12 horas.

CUSTOS

A estimativa é de um investimento de R$ 20 milhões para a abertura da unidade, sendo R$ 7 milhões destinados à construção e R$ 13 milhões à aquisição de equipamentos. O custeio anual previsto é de R$ 30 milhões, considerando mão de obra, materiais e insumos, entre outros itens.

Os recursos para permitir o início da operação do serviço, segundo Suéllen, virão dos próprios cofres municipais, do governo do Estado e da Universidade Nove de Julho (Uninove), instituição privada que mantém um fundo com R$ 21 milhões em contrapartidas a Bauru por ter aberto o curso de medicina na cidade e utilizar as unidades de saúde locais para garantir estágio aos alunos. "A Uninove vem executando as contrapartidas que solicitamos para melhorias nas nossas unidades de saúde e ainda iremos definir qual contribuição ela dará ao hospital", frisa.

Já o governo do Estado, acrescenta a mandatária, assumiu o compromisso de repassar R$ 10 milhões para equipar o futuro equipamento público. Os recursos municipais foram assegurados na última segunda-feira (24), quando a Câmara aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, texto que orienta e direciona a elaboração do Orçamento do ano que vem. Originalmente, ele não previa a aplicação de recursos para a operação do hospital-dia, mas isso foi assegurado por meio de emenda do vereador Coronel Meira.

GESTÃO

A prefeita também antecipou que a discussão sobre quem irá gerenciar a unidade só ocorrerá quando ao menos metade do prédio tiver sido construída, afastando a possibilidade de avançar tratativas com a Santa Casa de Bauru, das quais o próprio Meira informou ter participado no ano passado. "O principal objetivo, agora, é tirar o hospital do chão. No tempo oportuno, iremos definir se a gestão será própria ou terceirizada", reforça.

O novo serviço de saúde será implantado para atender pacientes que demandam cuidados hospitalares menos complexos e que ficam aguardando vaga de internação nas UPAs e no PSC ou são encaminhados para os hospitais do Estado. Como resultado, a expectativa é reduzir o número de doentes na fila e o tempo de espera, desafogando tanto as unidades estaduais quanto as de urgência e emergência do município.