Governo asfalta 2x mais em 2024 do que a soma dos últimos 3 anos

O número de quadras que receberam asfalto até o final de maio de 2024, ano eleitoral, já equivale ao dobro do que foi realizado nos últimos três anos somados.

Dados da Secretaria de Obras entregues ao vereador Coronel Meira (Novo) a partir de requerimento do parlamentar mostram que, até 29 de maio, o governo Suéllen Rosim (PSD) formalizou contratos para asfaltar 665 quadras.

A soma dos mesmos investimentos nos últimos três anos, enquanto isso, equivalem a 335 quadras. O cálculo inclui despesas com pavimentação, quando o asfalto é instalado pela primeira vez, e recape, quando vias já asfaltadas são revitalizadas.

Em 2021, por exemplo, 26 quadras receberam investimento nesse sentido. Seis delas, de terra, foram pavimentadas - entre as quais vias da avenida Antônio Fortunato, por exemplo - enquanto outras 19 foram recapeadas, como parte da avenida Rodrigues Alves.

No ano seguinte, por sua vez, 16 foram asfaltadas pela primeira vez enquanto outras 145 quadras receberam serviços de recapeamento. Já em 2023 foram 148 quadras foram contempladas com serviços nesse sentido, 66 das quais para obras de pavimentação. O restante, 82 delas, recape.

Neste ano, enquanto isso, apenas 10 das 665 quadras contempladas em licitações fechadas até 29 de maio serão pavimentadas pela primeira vez.

A quantidade de quadras ainda deve aumentar sobremaneira, já que os dados entregues pela Secretaria de Obras ao vereador Coronel Meira só abrangem contratos assinados até o dia 29 de maio.

De lá para cá, porém, há ao menos duas novas negociações para recape ou pavimentação publicadas no Diário Oficial do Município (DOM).

Em números, foram R$ 4.518.583,00 de investimento no setor em 2021. No ano seguinte, R$ R$ 19.945.364,00. Em 2023, enquanto isso, despesas nesse sentido somaram R$ 17.166.373. Já em 2024, até o final de maio, a cifra chega a R$ 39.487.665,00.

Apesar de o número de quadras asfaltadas ser o dobro dos últimos anos, o valor dos serviços não necessariamente acompanha a mesma lógica.

Isso porque houve mais pavimentação - serviço mais caro, já que exige preparo da rua para receber asfalto - em anos anteriores do que neste.

Em 2024, apenas um dos sete contratos fechados até o final de maio envolve pavimentação - em outros exercícios, por sua vez, foram até 12 negociações nesse sentido.

Outro fator que inevitavelmente entra na conta é a oscilação do preço do petróleo, matéria-prima do asfalto que aumenta o custo do produto final quando mais caro.