Duas palavras, que deveriam ser premissas dos administradores. Sejam lá elas da área privada ou pública, sendo que para o agente politico deveria ser obrigação, pois tem tudo a ver com os anseios da população. Estas palavras do título acima, se levadas a sério, nos livrariam de possíveis dores de cabeça no exercício de funções nas atividade meio, fossem elas administrativas ou operacionais.
A crise hídrica deu e dá muitas dores de cabeça ao atual dirigente executivo, pois os que trabalharam nessa area não previram crise, mas também não proveram a cidade que, a olhos vistos, sabiam que estava crescendo, ocorrendo hoje problemas a serem enfrentados pela atual administração. Boa administração pensa no futuro. o que não aconteceu.
Há muitos anos, alguém levantou a hipótese de Bauru ser servir das águas do Rio Tietê. Não vingou. Lembro que alguém alegou que aquele rio estava muito distante, que o DAE não tinha cacife financeiro para fazer com que a atual estação de tratamento fosse abastecida por aquele manancial. Outros diziam que a distância também era um óbice para a implementação e que iria se gastar muito dinheiro até com desapropriação de terra para instalação dos tubos condutores.
Sem querer meter a colher onde não sou chamado e tenho quase nada de entendimento de água, acredito que a Agência Nacional de Água, primeiro ponto a ser consultado, não irá opor restrições a essa pretensão porque a cidade de Campo Grande, Capital do Mato Grosso do Sul, segundo informações extraoficiais, aquela população é servida com água de rio que fica a mais de trinta quilômetros de distância daquela capital. Acreditando eu que em Bauru, se for construída uma nova Estação de Tratamento em área do bairro "Vale do Igapó", onde já existe uma represa abastecida com água do Rio Grande, suportaria uma Estação de Tratamento. No Vale do Igapó existe uma grande área no entorno daquela represa. O que poderia ser utilizado pela nova estação junto com a água do Rio Tietê.
Essa área não exigira fortuna para a sua desapropriação. O Rio Tietê até o Igapó tem uma distância aproximada de 15 km.
A prefeita e vereadores, junto ao Governo do Estado, poderiam pleitear autorização para abertura de valas que permitam a instalação de dutos em terrenos que delimitam várias propriedade na extensão Tietê/Igapó pela Rodovia. junto a cerca que delimita a rodovia, que julgo ser o necessário para acomodar as adutoras, podendo esse meio fazer a transposição das águas do Rio Tietê.
Alguém pode perguntar: há verba para isso? Digo: sim! Por duas dezenas de anos foi criado um fundo para angariação de recursos para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto, o que não mais se precisa. E mesmo esta sendo construída com verba proveniente do Governo Federal. Essa falta de dinheiro pode ser resolvido junto à Câmara Municipal que pode elaborar um projeto junto com a prefeitura para utilização de valores necessários para construção de nova estação de tratamento e transposição de águas do Rio Tietê para Bauru.
Há dias o Jornal da Cidade publicou que bomba de um poço queimou por que o Aquífero Guarani está comprometido com diminuição da capacidade de água. Logicamente os poços espalhado por Bauru serão alvos dessa ocorrência, pior que com o Aquífero perdendo sua capacidade os problemas de água em Bauru serão danosos.
Lembro que por ocasião da instalação da Cervejaria Brahma em Agudos os bauruenses indagavam: por que não vieram para Bauru? Alguém justificou dizendo ser por causa da água. Não lembro se pela qualidade do líquido ou se por mal abastecimento na época. O que pode ser levantado a hipótese: "será que grandes empresas não se instalam em Bauru por problemas contínuos de abastecimento?"
Como disse, não sou 'expert" no assunto ora comentado, mas, comparando Campo Grande, que teve o problema de água resolvido, e o nosso, em Bauru, acho que minha opinião está mais para esperar para ver o que vai acontecer. E como falava o saudoso Chico Anísio, se algo acontecer: "O Povo, Ohhh!!!!!!!!"