28 de setembro de 2024
OPINIÃO

Viva la vida

Por Paulo Neves |
| Tempo de leitura: 2 min

Começo agradecendo meu filho Thiago Neves, que me explicou a questão dos rojões na cidade. No texto que escrevi aqui, disse que não ouvi rojões na rua em que eu moro no dia que o Noroeste subiu para a série A. Ele me explicou que não podia soltar por causa dos cachorros, gatos e pessoas doentes...

Minhas desculpas!

Tenho ouvido muita música boa e fico muito emocionado. A verdade é que quanto mais sozinho, mais a emoção brota. Comecei a ouvir Viva La Vida, do grupo Coldplay, e fiquei encantado com a música e letra e a quantidade de "abinhas" que abre na tela. O mundo inteiro já cantou e canta Viva La Vida, do Chris Martin.

Fiquei feliz porque, apesar da idade avançada e a solidão instaurada, a música permite o encantamento e o sonho. É impressionante o poder que a música tem de nos tocar, de nos acessar de forma ímpar. Justamente nesse sentido que entro no texto de hoje - Viva La Vida.

Apesar de duvidar de um Brasil melhor, sem corrupção, sem uma classe política péssima, sem irracionalidade da extrema direita golpista e a passividade da esquerda, eu chego no ponto do texto Viva La Vida, que eu quero, a canção nos convida à introspecção e a compreensão de que no final a vida é mais do que a soma de nossas conquistas e fracassos.

A vida não pode ser medida pela mídia diária e o que ela faz com nossa cabeça, nossa consciência, nossa crença, nosso coração e mente. Não aguentamos mais estupros, feminicídios, homicídios, bundas, assaltos, assassinatos, crianças baleadas e mortas dentro do carro e na rua...

Nesse cenário todo, Viva La Vida causa bem-estar, porque precisamos respirar e o bonito da história é que o Coldplay foi fazer uma turnê pelo México e o autor queria conhecer a casa de Frida Kahlo, e lá dentro estava uma pintura chamada Viva La Vida, isso estava escrito dentro de um melancia e daí surgiu a letra da música.

Estilo único e emocional e uma letra complexa (não tem bunda, pegação, sacanagem...) que convida os ouvintes a refletirem sobre o significado do poder, do sucesso, das escolhas que fazemos na vida.

Um adendo: "Oito dias antes de morrer, Frida Kahlo deu esse título para comemorar a vida e marcar sua obra com uma forma doce, como a melancia, a fruta que ela mais gostava".