Como é difícil, por vezes, acompanhar a ação de forças no movimento político e seus efeitos e causas, a interrogação, portanto, interposta no título acima surge como cautela. Antes, porém, cabe aqui registrar minha total desaprovação à resolução da Direção Nacional do PT que põe fim as prévias eleitorais. Isso significa o pavimento que leva a destruição daquilo que o partido tem de mais precioso; sua democracia interna.
Muitos debates equivocados, tanto em suas formas quanto a seus conteúdos, dentro e fora do PT (mais fora que por dentro) apontavam o rumo que o partido devia seguir na cidade, porem o debate que tinha que ser feito era qual a tática eleitoral a ser adotada tendo como ponto de partida candidatura própria ou não e num segundo momento quem ou quais seriam os postulantes ao cargo. O que estava ocorrendo era justamente o contrário, os nomes foram colocados antes e pior, fora das instâncias do partido.
O fato é que o diretório municipal do PT, ainda que de forma tardia, decidiu corretamente e por unanimidade por candidatura própria e os nomes agora serão colocados e avaliados e espero que o resultado não seja alterado no 'tapetão', expressão pejorativa usada no futebol quando um time perde em campo, mas quer ganhar na justiça aqui no caso representada pela Federação Partidária (PT, PC do B e PV), instrumento criado para, entre outros fins, burlar o fim das alianças nas eleições proporcionais, ao meu ver um retrocesso.