28 de setembro de 2024
OPINIÃO

O economista catastrófico está certo sobre o Brasil

Por José Pedro Naisser |
| Tempo de leitura: 2 min

Mesmo antes da chegada ao Brasil para uma conferência no Fronteiras do Pensamento, em agosto deste ano, Nouriel Roubini concedeu uma entrevista ao conceituado jornal Folha de São Paulo, por telefone, em 29.4.24, e disparou de cara sua metralhadora giratória com relação à sua fama de 'Dr. Apocalipse', e desta vez nem precisamos usar as suas virtudes, mas sim somente algumas de sua citações com relação ao Brasil, que lamentavelmente não faz o dever de casa em cortar os gastos. Cita ele que o Pais pagou em 2023 R$ 718 bilhões em juros e gastou para manter o Bolsa Família R$ 170 bilhões. Cita que os USA, agora com juros de 5,25 a 5,50, a.a, todos os investimentos do mundo serão enviados para lá pelas altas taxas e a segurança. E diz que o Brasil lamentavelmente ficará distante dos investimentos Internacionais, a não ser nossas exportações de commodities que irão tapar o buraco.

Lamentavelmente, ele está certo e, o que é pior, o Brasil é sede do G20, que em novembro fará sua reunião anual. Lamentavelmente, depois de um ano, nada temos a oferecer aos outros Países do Grupo.

Tentamos junto ao presidente Lula colocar uma Plataforma de Educação para a Saúde e Sustentabilidade, não conseguimos nenhum 'acuse de recebimento', poderíamos trabalhar junto com o G20, já que os Eventos Climáticos Extremos dominam o mundo e produziram prejuízos de US 380 bilhões em todo o Planeta, como esse do Rio Grande do Sul, onde tudo foi destruído pelas forças da Natureza.

No Brasil, querem emitir Créditos de Carbono, mas o que vemos é o Debito de Carvão em nosso Pantanal, Cerrado e a Floresta Amazônica, tudo lamentavelmente pela inação.

Não se assustem com o que pode acontecer ao longo de 2024 e 2025, já que os governos não se preocupam com os gastos. Irão se preocupar com as Centúrias, não de Nostradamus, mas sim as previsões de Nouriel Roubini. Com tristeza pelas nossas Florestas, Nossa Biodiversidade, pelos nossos jovens e as gerações futuras.