Um portal afiliado à rede
19 de maio de 2024

CÂMARA

Bira pede vistas, cita futuro da cidade e diz não ter medo de segurar PL do Esgoto

“Está mais do que claro que nós não vamos entregar um cheque em branco para ninguém”, disparou o parlamentar

Por André Fleury Moraes
da Redação

22/04/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Pedro Romualdo/Câmara de Bauru

O vereador Pastor Bira

O vereador Pastor Bira (Podemos) pediu vistas (mais prazo para análise) e adiou novamente a deliberação da Câmara de Bauru sobre o projeto de lei (PL) que autoriza o governo Suéllen Rosim (PSD) a conceder o sistema de esgoto à iniciativa privada, o chamado PL do Esgoto.

O parlamentar afirmou que ainda não obteve resposta dos questionamentos que formalizou à prefeitura, ao Departamento de Água e Esgoto (DAE) e à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), responsável pela modelagem do PL. 

Antes, porém, Bira fez um duro discurso na tribuna da Casa – considerado pelos colegas como um dos mais ácidos do parlamentar desde que assumiu a cadeira – e afirmou que não tem medo de segurar o projeto da concessão.

“Fiz três perguntas sobre a primeira emenda [proposta ao PL] a três órgãos. Só um respondeu. Não vim aqui para brincar, para me promover. Não vim para me perpetuar no cargo. Mas tem coisas que nos dão nojo. Temos um patrimônio [a ETE], dinheiro para executar a obra. E vou virar as costas? Ficar com medo de passar vergonha? Ora, por favor. Deus me ajude!”, disparou.

Bira também se dirigiu aos colegas vereadores e afirmou que “está mais do que claro que nós não vamos entregar um cheque em branco para ninguém”. Disse ainda que “nenhum dos senhores teriam coragem de me entregar uma procuração para cuidar de vossas contas bancárias”.

Ressaltou em seguida que “mas isso não tem problema, afinal o dinheiro é público” e que “ninguém está preocupado com isso, apenas com seu capital político”. O vereador ressalvou também que a própria prefeita Suéllen Rosim poderia pedir a retirada do regime de urgência e destravar a pauta legislativa.

O vereador pontuou também que não teme repercussão negativa de suas decisões de segurar o PL e disse que faz isso pensando no futuro do município e nas futuras gerações.