29 de novembro de 2024
ECONOMIA

Emprego formal surpreende

Por Reinaldo Cafeo |
| Tempo de leitura: 3 min

Dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro de 2024 surpreendeu e veio acima do esperado pelo mercado. O saldo de vagas com carteira assinada foi de 306.111 postos de trabalho. O resultado é a diferença entre as 2.249.070 admissões e 1.942.959 de desligamentos. No mês o total de trabalhadores com carteira assinada atingiu 45.991.889 vínculos (variação de +0,67% em relação ao estoque do mês anterior). O saldo acumulado no ano (janeiro/2024 a fevereiro/2024): +474.614 empregos e o saldo nos últimos 12 meses (março/2023 a fevereiro/2024): +1.602.965 empregos.

Geração líquida de empregos por setor

Os principais setores com saldos positivos foram os seguintes: serviços: +193.127 postos; Indústria (principalmente Indústria de Transformação): +54.448 postos; construção: +35.053 postos; comércio**: +19.724 postos; agropecuária: +3.759 postos.

Taxa de desemprego sobe

Enquanto o saldo do emprego formal surpreendeu positivamente, a taxa de desemprego subiu no trimestre fechado em fevereiro. A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Comparado ao trimestre imediatamente anterior (setembro a novembro), houve um aumento de desocupação de 0,3 ponto percentual. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,6%.

São 8,5 milhões de pessoas desempregadas

O número absoluto de desocupados cresceu 4,1%, atingindo 8,5 milhões de pessoas. A população ocupada permaneceu estável, com 100,2 milhões de pessoas. No acumulado do ano, houve um aumento de 2,2%, com 2,1 milhões de pessoas ocupadas. O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,1%, com uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,7 ponto percentual. O número total de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados) permaneceu estável, estimado em 108,8 milhões, enquanto a população fora da força de trabalho totalizou 66,8 milhões, com um crescimento de 0,4%.

Emprego formal x Taxa de desemprego

Não há contradição entre o crescimento do emprego formal e o aumento da taxa de desemprego. Como o desemprego é medido levando em conta a pessoa que está apta e disposta a trabalhar, se no momento da pesquisa do IBGE o pesquisado responder que fez algum esforço para procurar uma colocação no mercado de trabalho nos últimos 30 dias e não teve êxito, ele é considerado desempregado. Já o emprego formal é o aumento de emprego com carteira assinada. Sendo assim, as estatísticas indicam questões distintas.

O rombo nas contas públicas

Em fevereiro de 2024, as contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 58,44 bilhões. Esse déficit ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo. É importante ressaltar que esse valor não inclui os juros da dívida. Esse resultado representa o pior resultado para o mês de fevereiro desde o início da série histórica em 1997. Os valores foram corrigidos pela inflação. O fraco desempenho das contas do governo em fevereiro ocorreu apesar do bom desempenho da arrecadação, que atingiu R$ 186,5 bilhões, um recorde histórico para o período. Por outro lado, os gastos públicos totalizaram R$ 190,94 bilhões, alta real de 27,4%. Este o sem dúvida o maior risco da economia neste ano.

Mude já, mude para melhor!

A Páscoa é um momento de renovação, esperança e reflexão. Ela nos lembra da vitória sobre a escuridão, da ressurreição e da possibilidade de recomeços. Que neste dia, possamos celebrar o amor, a compaixão e a união com nossos entes queridos. Mude já, mude para melhor!