25 de dezembro de 2025
TRAGÉDIA

‘Mandei meu filho para estudar e ele voltou num caixão’, diz mãe do estudante da Unesp

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/redes sociais
Rosilene e seu filho Joaquim Feliciano Espíndola

“Levei meu filho para estudar e agora trouxe ele num caixão”, lamenta Rosilene Feliciano Santos, mãe de Joaquim Felipe Feliciano Espíndola –  jovem encontrado morto na segunda-feira (18) em uma república de Bauru. Ao JC/JCNET, a mãe descreveu o filho como estudioso e adepto de práticas esportivas, que não bebia, não frequentava festas e nem gostava de “sentir cheiro de cigarro”.

Ela conta que no sábado (16) Joaquim enviou mensagens pedindo autorização para que fosse em uma festa a alguns quarteirões da república em que morava. Rosilene autorizou e o jovem foi à festa. Quando retornou para a residência, ele chegou a trocar mensagens normalmente com a mãe contando que estava sujo de tinta guache – um trote comum na Unesp de Bauru.

“Ele conversou comigo e brincou dizendo que tinha feito uma tatuagem, mas que era de carimbo. Ele conversou com o irmão dele também”, conta a mãe.

No outro dia (17), porém, ela tentou contato com o rapaz e não obteve resposta. Rosilene narra ter tentado ligar para o filho por volta das 21h de domingo (17), também sem retorno. Na segunda-feira (18), ela recebeu uma ligação da Polícia Civil pedindo que viajasse até Bauru.

A família mora em Andradina (a 300 quilômetros de Bauru). Rosilene chegou a Bauru acompanhada do marido Crivaldo Fernandes Espíndola, por volta das 19h30, quando recebeu a notícia pessoalmente. A Polícia Civil disse que não poderia ter informado por telefone.

“Eu entrei em desespero e comecei a gritar querendo ver meu filho. Me levaram até o IML. Levei meu filho para estudar e agora trouxe ele num caixão. Um menino bom, sem desavenças com ninguém”, contou Rosilene, emocionada.

'Especulação', diz Polícia Civil sobre boatos a respeito da morte

Desde que a morte de Joaquim Felipe Feliciano Espíndola foi divulgada, boatos nas redes sociais afirmam que ele foi vítima de trote violento, o que teria sido o causador da morte. No entanto, nada indica que essas afirmações sejam verídicas até o momento.

O delegado da Polícia Civil Eduardo Herrera, responsável pela investigação do caso, destaca que as testemunhas e a família ainda não foram ouvidas. Além disso, os agentes ainda aguardam o resultado do laudo necroscópico. "Não temos informações a respeito de trotes. São apenas especulações", afirma.