Saúde diz que OS vai melhorar serviço e não descarta estender terceirização

A secretária de Saúde de Bauru, Giulia Puttomatti, aposta na terceirização da gestão de unidades de saúde de Bauru para melhorar o serviço prestado à população.

O setor é um dos pontos mais sensíveis do governo Suéllen Rosim (PSD) e enfrenta crises, por vezes, como a falta de insumos básicos e demora no atendimento, desde o início da atual administração.

A princípio, o governo prevê entregar a gestão apenas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Mary Dota, mas admite que, se bem-sucedido, o plano deve se estender às outras repartições da pasta no município.

A informação foi revelada pela própria secretária durante audiência pública de prestação de contas da Saúde relacionada ao último quadrimestre do ano passado.

O edital de chamamento público que visa credenciar organizações sociais (OSs) para assumir a gestão da UPA Mary Dota já está aberto e foi publicado recentemente no Diário Oficial.

Giulia Puttomatti apontou uma série de dificuldades que a unidade hoje enfrenta e cuja resolução pode se tornar mais fácil caso a administração da UPA esteja a cargo de uma OS.

"É uma região bastante pressionada e que tende a crescer, é muita demanda que chega ali. E temos dificuldades em termos de infraestrutura e da própria oferta [de serviços], como exames laboratoriais, raio-X e eletrocardiograma", afirma.

O contrato de gestão, afirma a secretária, vai aprimorar a análise da qualidade do serviço e também da quantidade - segundo Puttomatti, a pasta enfrenta dificuldades hoje para organizar a escala médica, o que impacta o atendimento.

"Nós precisamos implantar a metodologia de contratualização em todos os contratos da Saúde. Esse vai ser uma referência para os outros", disse a titular da pasta. "Não adianta só atender paciente. É preciso saber quais foram esses atendimentos e o grau de satisfação da população", prosseguiu.

A secretária lembrou ainda que os servidores que atualmente trabalham na UPA serão absorvidos pela administração e realocados em outra ala.

Ela ressaltou também que a mão de obra médica da repartição já é terceirizada, uma vez que quem contrata os profissionais é a Fundação Estatal Regional de Saúde da região de Bauru (Fersb). "Mas a gestão da unidade ainda não é [terceirizada]", afirmou, defendendo o projeto.