A volta às aulas costuma ser um período de gastos para aos pais e mães de estudantes. A compra de materiais escolares pode representar um grande impacto no orçamento familiar, especialmente em um momento de aumento de preços no setor. Um levantamento da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares previu a possibilidade de uma alta entre 7% e 9% nos mateirais.
Por isso, os pais interessados em economizar e até reduzir o baque nas finanças, podem se atentar às dicas de Nilo Sérgio Alves Júnior, gerente comercial da Jalovi Altos, que atua há 32 anos na área.
Ao JC, ele adiantou que, sabendo da possibilidade de alta nos preços, a empresa se adiantou e preparou os estoques antes dos aumentos dos fornecedores, o que garantiu valores mais "folgados" na empresa.
DICAS
O primeiro conselho de Nilo é para que os pais verifiquem os materiais do ano passado para analisar a possibilidade de reutilizar algum item. "Às vezes é desnecessário comprar um estojo ou caixa de lápis de cor, por exemplo, mas os pais só percebem isso depois da compra. Tem muito material que dá para reaproveitar e é importante olhar e já riscar da lista", afirma.
Outra dica é propor uma educação financeira com os filhos. "É importante estabelecer alguns limites com as crianças. Por exemplo, materiais licenciados [levam a imagem de personagens de desenhos, filmes, etc] podem ser da mesma fabricante com a mesma qualidade, mas ficam mais caros por conta da licença. Muitas vezes, isso é desnecessário", aconselha.
Também é essencial procurar promoções dentro das lojas. "No caso das mochilas, vendemos algumas com até 50% de desconto. Os produtos estão em perfeito estado, mas por conta do tempo no estoque, oferecemos essas promoções. Isso acontece também com estojos, lancheiras, etc. Sempre tem boas ofertas", conta.
Outra orientação é que os pais procurem fazer as compras antes do início da agitação nas lojas de materiais escolares. Segundo Nilo, a semana que antecede o primeiro dia de aula costuma ser o mais movimentado. "Se você visita a loja mais cheia, fica mais difícil pesquisar preços e produtos. O cliente acaba pegando qualquer coisa que vem pela frente, pela pressa de sair", finaliza.
A funcionária pública Aline Bruschi se adiantou nas compras para a filha e pôde comprovar a eficácia de se adiantar aos outros pais. "Estou antecipando por conta do tumulto, quando está agitado fica muito difícil escolher as coisas", pontua.