25 de dezembro de 2025
TRISTEZA

Morre em Bauru Paulo Henrique Leite, conhecido como PH, apaixonado por música e cinema

Por Larissa Bastos |
| Tempo de leitura: 2 min
Redes sociais/Reprodução
Paulo Henrique Leite Pereira, o PH, morreu aos 71 anos

Morreu em Bauru, no início da tarde desta quarta-feira (29), Paulo Henrique Leite Pereira, aos 71 anos. Conhecido por todos como PH, o bastante querido servidor da Secretaria Municipal de Cultura, apaixonado por música e cinema, não resistiu às complicações de um quadro de hidrocefalia, diagnosticado em 2019.

O bauruense está sendo velado desde as 18h30 desta quarta-feira (29), no Memorial Bauru, na quadra 15 da rua Ezequiel Ramos, na Vila Cardia. Os familiares optaram por não passar a noite, por isso o velório será retomado por volta das 7h desta quinta-feira (30). O sepultamento está previsto para 11h30, no Cemitério da Saudade.

Em entrevista realizada em 2020, PH contou ao JC que começou a frequentar salas de cinema desde muito jovem e foi membro do Cineclube de Bauru de 1978 a 2014.

Ele, inclusive, afirmou ter trabalhado em “todas as funções possíveis” do antigo Cine Bauru, inaugurado em 22 de novembro de 1980, no cruzamento das ruas 13 de Maio e Cussy Junior, no Centro da cidade. O local histórico encerrou suas atividades em 2008 e foi totalmente demolido em 2012.

O cinéfilo, que sempre morou em Bauru, trabalhava no Banco do Brasil e deixou a empresa após passar em concurso da prefeitura, onde atuou como servidor da Secretaria Municipal de Cultura. Paulo Henrique era o responsável por guiar os visitantes pelo Museu Ferroviário da cidade. Ele, no entanto, estava afastado da função desde o início da pandemia, em 2020, por conta da idade.

Adelaide, irmã de PH, relata que ele foi diagnosticado com um quadro de hidrocefalia em 2019. Em decorrência disso, chegou a ter convulsões e até um pequeno AVC. Por isso, passou por cirurgia e colocou um dreno no corpo, para liberar o líquido no cérebro.

“Ele chegou a melhorar e ficar bem. Mas, depois de um tempo, o corpo dele rejeitou o dreno e foi necessário uma segunda cirurgia, para retirar tudo. Depois disso, ele não melhorou mais. Teve outro AVC. Foi preciso colocar sonda e, há cerca de 15 dias, iniciar tratamento com oxigênio. Mas era tudo paliativo”, lamenta, bastante emocionada. O óbito foi confirmado por volta das 14h desta quarta-feira (29).

“[Ele] adorava compartilhar seu conhecimento com os amigos e visitantes do Museu Ferroviário. Em suas mediações, PH apresentava cada cantinho da exposição, sempre com uma história deliciosamente interessante para acompanhar o conteúdo educativo. Descanse em paz, amigo. Você faz falta”, publicaram, nas redes sociais, os servidores do Museu Ferroviário Regional de Bauru (MFRB) e amigos de PH.